Longa vida,
minha lagartixa
de pele transparente.
Ainda trocando com teu fantasma
cumplicidade ao crepúsculo?
Um olho de Neruda,
o outro de Quintana.
Longa vida,
minha lagartixa safada.
Tu não te esqueces
das frias bananeiras riscadas
com leite e lágrimas?
Minha amada lagartixa,
mija em meus lábios de novo.
Teu gosto queima meu peito
feito nódoa de castanha assada.
(À noite
em minha alcova sombria
puxa e estala meu mindinho:
vou adorar, juro).
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