Deixem-me em paz
Pelos cantinhos das formigas.
Não vejo maldade em sonhar
Observando as formiguinhas
Sob chuva fina
Elétricas.
A gente começa a escrever poesia
E vai se esquecendo da vida.
Pensa que o mundo é uma bola de sabão.
As pessoas palitos de picolé.
A gente fica deslocado, tresloucado, coçando o saco.
Imaginando sei lá o que se passa na alma da gente.
A mente vira mel, o coração pudim, os dedos gafanhotos.
Deixem-me sozinho diante da formiga tanajura
voluptuosa provocando minha solidão.
Não vejo maldade logo mais tarde
assar sua bunda a óleo e azeite.
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