TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 24 de junho de 2008

Introcraniana solidão

Quando o desastre
ainda resvala
na fumaça do vazio
o rato aprender
a viver sóbrio
com a viva lembrança
do queijo estragado.
Ou a ratoeira tão singela encanta
ou a urina que cintila envenena.
De qualquer modo,
minhas unhas cinzas
meus ossos doravante encardidos.

3 comentários:

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Poeta de vagas. Por ora vazia e logo a seguir cheia.

Poeta orgânico. Verseja com fluidos, humores e metabólitos.

Poeta de interiores. Domiciliar, intestino, introspecto.

Poeta enganador. Salta da introcraniana solidão às 17:29 e 13 minutos após se deleita com a amplidão dos sentimentos de Socorro Moreira.

Marcos Vinícius Leonel disse...

Bem observado José.

Domingos, meus ossos encardidos doravante, é genial.

abraços

socorro moreira disse...

Você faz a catarse , deixa a alegria chegar !