A proteção
Os leprosos estão fora da cidade.
Agora os risos são arreganhados dos lados.
Parede e meia separam os resolutos.
As amantes já não podem provar nada,
Mas no fundo elas gostam desse
Arrepio brusco de chuva nas vulvas,
Podem ser entendidos como lamentos
Indo lentos pelo corredor adentro.
As moedas resguardam o grude.
Elas cultivam os solavancos e histéricas
Copulam metálicas nos bolsos curvos.
Uma mancha se forma bem ao lado
Do papel amarelado em silêncio,
A oração pra sumir diante do inimigo
Foi escrita em tremido e parda.
Agora coleciona mais um obscuro.
Existe uma conferência de pulgas
Sobre a qualidade do sangue em serviço.
As regras são cretinas em suas réguas,
Medem o escondido sem o nulo.
Uma a uma as reticências são sós,
Enfileiradas rumo ao grande futuro.
Mas, por Deus, está tudo bem,
Os leprosos estão fora da cidade.
Um comentário:
Meu camarada,
Ainda sinto o cheiro das chagas!
Poema taciturno entre multidões!
(Vou lê-lo novamente).
Um abraço.
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