Já faz algum tempo que me pergunto sobre a verdade do epíteto Crato Capital da Cultura que adotamos? Isto porque me deparo com um livrinho/agenda/catálogo do Centro Cultural BNB-Cariri (não por acaso se localiza em Juazeiro do Norte) onde a cada mês ações culturais de grande nível acontecem naquele espaço que se transformou num dínamo de nossa cariricultura (não confundir com caricatura).
Depois dos eventos Festival da Canção (mesmo sem o planejamento devido) e da ExpoCrato (a gente pode considerar ?) o que estamos construindo efetivamente para não perdermos de vez a nossa referência mais forte.
A fundação J. de Figuieredo Filho ainda vive?
E o Instituto Cultural do Cariri, com uma sede própria, tem cumprido um papel no sentido de agregar artistas e promover suas interferências na cidade?
Os equipamentos como cine-teatro, museus, galerias por que não estão sendo ocupados permanentemente?
E a URCA onde entra nisso tudo?
E como estão a Sociedade de Cultura Artística do Crato -SCAC, a Sociedade Lírica do Belmonte- Solibel, Fundação Mestre Eloi, Academia de Cordelistas e afins? Como se movem?
E os nossos jornais (temos?)?! Alguma revista literária? A secretaria de Cultura do Município ajuda ou atrapalha?
A pergunta que quero fazer mesmo é:
O que podemos fazer juntos para não nos perdermos no meio do caminho?
Um comentário:
CARO LUIS
sinto em mim sua angústia
mezzo crato / mezzo juazeiro que sou.
mesmo abaianado (pelas circustâncias) diria, no sentido de contribuir, que o que falta hoje é o que sobrava ontem: uma coalisão de artistas (não gueto) em que roqueiros, artistas plásticos, músicos de estirpe (entre tantos outros) tinham como mote a amizade. e essa amizade tinha força de lei. e espaços "que não existiam" se transformavam em espaços de arte. a barraca de blandino (dentro da exposição) já foi palco alternativo, por exemplo. quem faz arte - e boa arte - tem de sobra. acho que falta agora fazer valer o mote antigo: AMIZADE. como forma, até, de forçar o poder público, a população etc. a abrir os olhos pros grandes artistas, e pra grande força da arte do crato. afinal, ainda estamos vivos, ou não?
um grande abraço, e força sempre.
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