A dica foi dada por Aeronauta, que fez repercutir um interessantíssimo, divertido, porém verdadeiro post postado no blog Histórias do Interior ( http://xeudizer.blogspot.com/ ), de Bernardo Guimarães. Foi um Deus nos acuda. Choveu comentários sobre os dois posts. A maioria concordando com o teor deles, ou seja, o fato de alguém poder não gostar de assistir peças de teatro e ter a coragem de assumir isso publicamente. Outros, mesmo timidamente, renovando seus amores pelo dito cujo (o teatro). Achei o máximo, além de um achado e de um apoio, pois também não gosto de teatro (sei que alguns bloggers daqui vão me crucificar), mas é pura verdade, confesso: NÃO GOSTO DE TEATRO. E junto com aqueles que manifestaram sua concordância com Bernardo e Aeronauta, sinto-me aliviado em poder confessar.
Mas, vamos ao que interessa, ao polêmico post postado por Bernardo Guimarães no seu blog Histórias do Interior.
Obs.: Aos atores, autores e diretores de teatro e seus afins , não vejam este Interblogs como uma provocação. É somente uma constatação.
Carlos Rafael Dias ( http://tudo-fel.blogspot.com)
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E o teatro?
Já que comecei, vou até o fim: também não vou mais. Nem posso dizer que não gosto de teatro, até fiz parte do grupo da Faculdade de Medicina, quando atuamos em várias escolas com relativo sucesso. O problema é com o chamado "teatro interativo". Aí o bicho pega. Feio. A ultima peça que assisti foi A Bofetada, no dia em que comemoravam 10 anos em cartaz. Isso já faz mais de dez anos, acho. Naquele dia estava com humor de cão; quem me deu "bom dia" ouviu como resposta: "por que?". Achei até que um teatrinho desopilador poderia me ajudar. Qual o que! Quando aquele pessoal desceu do palco para escolher um pato, gelei! Sou mal humorado mas não consigo ser mal educado, esse era meu dilema: que faria se me "escolhessem"? Simulava um ataque cardíaco na hora! Ou epiléptico, por ser mais teatral. Nunca mais voltei.
Algum tempo depois, uma amiga me contou que havia assistido a uma peça em que os atores desciam pelados do palco, e "interagiam" com o público, assim, como se estivessem na privada. Ela comentou que chegou a sentir o cheiro dos pentelhos de um ator coadjuvante que se postou, com os pés sobre a poltrona, a terríveis poucos centímetros de seu nariz! E se eu não conseguisse controlar minha educação? ou ele a ereção?
Para completar a tríade, também não vou mais a shows musicais, a partir da invenção nacional do acompanhamento das músicas com palmas, ou com corinho. Só se for João Gilberto. Aí ele dá um esporro por nós dois.
Espetáculo, para mim, qualquer que seja, deve ser: pago para assistir! Caso contrário assumo:
VÁ AO TEATRO
( mas não me chame )
4 comentários:
Pensa que n�o te vi em "o outro lado do avesso"? O que eram aquelas performances como croonner no "pombos Urbanos"? Teatro aut�ntico, meu chapa! Quando voc� estava sentado na cadeira da CEV, para mim, era pura representa�o! E nas comilan�as do Rotary! Era voc� mesmo? A gente vive fazendo teatro, Rafa!
Um grande abra�o.
Caros amigos:
acima de tudo, me diverti, muito. Claro que me senti mais seguro com as diversas manifestações de apoio de pessoas que tambem se sentiram mais confortáveis ao saberem que não estão sozinhos ou que o mundo vai se acabar, porque não gostamos de teatro. Eu,por exemplo, não gosto de música tambem; este o tema do post anterior.
Abraços a todos e a propósito, meu blog é Notícias do interior (http://xeudizer.blogspot.com )
É não tem mesmo jeito, estamos todos num imenso palco, gostemos ou não do nosso papel, amemos ou não o script. O palco menor é apenas uma vã tentativa de miniaturizar o que rola a nossa volta e, muitas vezes, nos despertar para os cacos, os ganchos, as armadilhas das entrelinhas. Todos têm direito a gostar ou não do teatro, como têm o direito de amar ou não a louca dramaturgia da vida cotidiana, até porque neste , no final o artista sempre morre. Mas do outro lado, creio, isto será levado em conta e não gostar do teatro certamente será contabilizado como um pecado mortal. Viva o Teatro !
Luiz, não fiz distinção entre o ator do palco e da vida, não!
Bernardo, mais uma vez parabéns pelo brilhante e "teatral" texto.
Zé, então tô ferrado. Não consigo gostar de teatro!
Abraços a todos e obrigado.
Em tempo: quero confessar que adorei a leitura da peça, e depois a leitura do texto em livro, "Zé de Matos contra o bicho babau nas ruas do Crato", de autoria de Zé Flávio e montada por uma troup pra lá de esperta, sob a liderança de Salatiel. Foi uma exceção!
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