'Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres. '
Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.
1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.
4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.
Moral da história:'A vida pode ser interpretada e vivida de diversas maneiras. Nós é que fazemos sua pontuação. E isso faz toda a diferença..."
Moral da História (segundo Prof Bernardo): Não existe uma única verdade, mas vários ângulos e perspectivas diferentes que se complementam para formar um todo holístico da compreensão de que somos mistérios e revelações de um propósito cósmico muito maior do que nossas pretensões racionais. Se fixar numa perspectiva, é abandonar as demais e com isso se perde a oportunidade de compreender que a verdade não é uma soma ou subtração de quaisquer perspectivas, mas a aceitação de que cada um de nós prescreve uma parte da realidade porque é sujeito criador e não um mero expectador da realidade. Deixar-se conduzir por uma única perspectiva apenas é alienar-se em si mesmo daquilo que é mais fantástico no ser humano: a liberdade de criar e estruturar a sua própria realidade complexa, plural e holística.
Cada um é texto e contexto em si mesmo. É um ponto de exclamação e interrogação. É busca e encontro em si mesmo. É o Verbo e o Mistério. É luz e escuridão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário