Nessas horas tortuosas
é uma dádiva não ter em casa
um revólver.
O gatilho é leve e frio
feito uma patinha de rã.
E a loucura
hospedeira do mal
nunca dorme,
nunca dorme.
Nessas horas patéticas
quando pessoa é animal
é uma graça não ter em casa
uma espada de samurai.
A ponta da lâmina encanta.
O ventre suplica para ser rasgado.
E a loucura
hospedeira do mal
nunca dorme,
nunca dorme.
Nessas horas tristes
é uma vida que morre.
Sem gatilho apertado,
sem espada cortante.
E a loucura
hospedeira do mal
nunca dorme,
nunca dorme.
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