A música popular da primeira metade do século XX, quando a indústria fonográfica se torna universal, tem um dos centros na canção da Europa Ocidental. Especialmente a Italiana, Francesa e Alemã. Por isso mesmo é que no princípio, antes dos anos 30, esta canção tinha uma cor rural. Os alemães inventaram o piano portátil, o acordeom e estes países fronteiriços e sujeitos ao vai e vem em impérios sucessivos tinham uma grande interpenetração de sons e canções.
A canção popular francesa é belíssima. Mesmo antes da primeira guerra mundial o país inteiro já cantava a mesma canção. A canção da Belle Epoque se afastara da música erudita e já estava no gosto das cidades. A musette bailava nas praças. De todos os rincões daquele imenso retalho, que é a identidade francesa, emergiam canções nacionais. E não esqueçamos o papel do cinema na canção destes três países, especialmente da França e Alemanha. O cinema falado é uma unidade estética inseparável e a música um elemento central da narrativa.
Mas França era uma das sedes fundadores da atual civilização ocidental. O país era aberto ao mundo e foi, na Europa, um dos primeiros a receber a influência da cultura norte-americana e até do tango argentino e da canção mexicana. Quando os nazistas invadem a frança esta canção fica subterrânea, mas explode com imensa força entre junho de 1944 e maio de 1945 com uma força que ninguém imaginava. O que veio da canção francesa dos anos 50 a 80 foi praticamente a explosão deste momento. Toute les chansons de la bibération.
E o mundo se rende a Maurice Chevalier, Tino Rossi, Ray Ventura, Charles Trenet, Raymond Legrand, Django Reinhardt, Jean Sablon entre tantos. Não se imagina o charme enamorado do que se dançar ao som de Charles Trenet cantando “que reste t´il de nous amour" e o belíssimo refrão: Que reste-t-il de nous deux/ De tous ces rêves dans tes yeux / Je ne sais plus, / Dis moi si tout n'est pas perdu / J'ai besoin de te parler / De ma vie, de tes pensées / Tout n'est vraiment plus comme avant. Isso considerando que é do mesmo Charles Trenet a canção que a partir do anos 50 praticamente se torna aquela canção francesa: LA MER.
O vigor explode na voz de uma mulher apaixonada, no limite da vida trágica, uma verdadeira estrela mundial do século XX: Edith Piaf. Quem não tem uma tarde cor de rosa com La Vie en Rose e a verdade destes amores tão intensos como L´Hymme a La Amour. E neste mesmo filão de uma geração a outra, veio, na segunda metade do século, intérpretes maravilhosas como François Hardy, Mireille Mathieu, Nana Mouskhouri e uma lista que ainda hoje revela a canção francesa.
Os homens de La Libération resultaram em gerações seguintes de grandes talentos, passando por Charles Aznavour, , Yves Montand, Sacha Distel, Gilbert Becaud (arrasou nos idos dos anos 60 com L´important c´est la Rose) Adamo, Christophe, Henri Salvador (que se encontra com o Brasil no início da Bossa Nova), Jacques Brel entre outros. O pessoal da música instrumental é especial, como Michel Legrand, Georges Zamphir e o atual Manu Chao.
Seguramente esta segunda-feira é um dia para a canção francesa.
A canção popular francesa é belíssima. Mesmo antes da primeira guerra mundial o país inteiro já cantava a mesma canção. A canção da Belle Epoque se afastara da música erudita e já estava no gosto das cidades. A musette bailava nas praças. De todos os rincões daquele imenso retalho, que é a identidade francesa, emergiam canções nacionais. E não esqueçamos o papel do cinema na canção destes três países, especialmente da França e Alemanha. O cinema falado é uma unidade estética inseparável e a música um elemento central da narrativa.
Mas França era uma das sedes fundadores da atual civilização ocidental. O país era aberto ao mundo e foi, na Europa, um dos primeiros a receber a influência da cultura norte-americana e até do tango argentino e da canção mexicana. Quando os nazistas invadem a frança esta canção fica subterrânea, mas explode com imensa força entre junho de 1944 e maio de 1945 com uma força que ninguém imaginava. O que veio da canção francesa dos anos 50 a 80 foi praticamente a explosão deste momento. Toute les chansons de la bibération.
E o mundo se rende a Maurice Chevalier, Tino Rossi, Ray Ventura, Charles Trenet, Raymond Legrand, Django Reinhardt, Jean Sablon entre tantos. Não se imagina o charme enamorado do que se dançar ao som de Charles Trenet cantando “que reste t´il de nous amour" e o belíssimo refrão: Que reste-t-il de nous deux/ De tous ces rêves dans tes yeux / Je ne sais plus, / Dis moi si tout n'est pas perdu / J'ai besoin de te parler / De ma vie, de tes pensées / Tout n'est vraiment plus comme avant. Isso considerando que é do mesmo Charles Trenet a canção que a partir do anos 50 praticamente se torna aquela canção francesa: LA MER.
O vigor explode na voz de uma mulher apaixonada, no limite da vida trágica, uma verdadeira estrela mundial do século XX: Edith Piaf. Quem não tem uma tarde cor de rosa com La Vie en Rose e a verdade destes amores tão intensos como L´Hymme a La Amour. E neste mesmo filão de uma geração a outra, veio, na segunda metade do século, intérpretes maravilhosas como François Hardy, Mireille Mathieu, Nana Mouskhouri e uma lista que ainda hoje revela a canção francesa.
Os homens de La Libération resultaram em gerações seguintes de grandes talentos, passando por Charles Aznavour, , Yves Montand, Sacha Distel, Gilbert Becaud (arrasou nos idos dos anos 60 com L´important c´est la Rose) Adamo, Christophe, Henri Salvador (que se encontra com o Brasil no início da Bossa Nova), Jacques Brel entre outros. O pessoal da música instrumental é especial, como Michel Legrand, Georges Zamphir e o atual Manu Chao.
Seguramente esta segunda-feira é um dia para a canção francesa.
Um comentário:
A música francesa faz no bico , um sopro de arrepio , que se espalha do ouvido por toda a pele , e alcança a alma.
Chanson D'amour
In-grid
Chanson d''amour
Play encore
Here in my heart
More and more
Chanson d''amour
Je tÂ’adore
Each time I hear
Chanson, chanson d''amour
Chanson d''amour
Play encore
Here in my heart
More and more
Chanson d''amour
Je tÂ’adore
Each time I hear
Chanson, chanson d''amour
Everytime I hear
Chanson, chanson d''amour
Everytime I hear
Chanson, chanson
Everytime I hear
Chanson d''amour
Amei o texto. Vou relê-lo , um monte de vezes !
Na minha infância ,quem tocava acordeon , mandava brasa nas músicas francesas. Nossas almas de cortesãs , viajavam ... Os cafés parisienses , ficavam lotados dos nossos fantasmas - todos alados !
Sem falar no Moulin Rouge...Para onde nos vestíamos de rendas , e curtíamos as nossas cigarrilhas. Se existir reencarnação , eu fui de lá ... da beira do Rio Sena. Aprendi a ler a sorte com a cigana Esmeralda ( o amor do Corcunda de Notre Dame ) . "Sous le ciel de Paris ", avoei, em tantos sonhos ...!
Mas, veja bem ...diga se não é um luxo , conviver com a Claude - essa francesinha tão cratense !?
Saio do espaço , cantarolando uma musiquinha que aprendi nos meus primeiros anos , e que o Hidelgardo Benício tão bem interpretava , pra gente dançar , nos bailes do Tênis Clube :
"Petite Fleur". Quem não ganhou uma flor , pelo menos uma florzinha , ao longo da vida ?
Aqui mesmo, no Cariricult , todo dia , encontro os seus orvalhos. Poesias são flores , que afloram da alma de todo artista !
Obrigada "Milord" , Zé do Vale , por esse texto com a textura dos molhos franceses , e o flamblado no nosso coração.
Ps. Você lembrou uma das minhas canções preferidas : " Que reste til de nous amour" , gravada por tantos , inclusive pela brasileira Rosa Passos ... Chega a doer de tão linda !
"Parolle" , como cantou Dalida e Alan Delon .
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