Modelos de estudo da psicologia já haviam aplicado equações matemáticas ao comportamento. Além do mais foram traçados roteiros que previam o comportamento de pessoas ou multidões diante de certos “estímulos”. Vieram os testes psicológicos em que os examinadores tentavam controlar e selecionar pessoas mediante alguns padrões observados. A psicologia de massa através da propaganda e do marketing, inclusive subliminar, tentou conduzir pessoas em direção de certos interesses, inclusive de consumo.
No mundo partido das ciências especializadas, estas coisas parecem departamentos isolados. Na verdade a tecnologia de base científica permitiu esta ilusão departamental. Mas não é essa a questão. Por exemplo, o ramo da Economia que mais cresceu nos anos áureos do mercado financeiro foi a econometria, com seus modelos matemático preditivo, com os cenários prováveis. Agora se vê cada vez mais que a economia é uma ciência de psicologia de massa. Uma coisa ganha e perde valor com a velocidade de um feitiço, entre o encanto e o horror ao objeto do desejo.
Agora vejamos o quanto a boataria se torna um instrumento provinciano no sofisticado salão das “pessoas de negócio”. Nesta semana se definiu: a economia americana finalmente se tornou recessiva. Como jamais nos últimos 60 anos. Os cenários dos organismos internacionais para a economia mundial no ano que vem é de uma precisão tão irônica quanto os efeitos de uma explosão. Para o Brasil o crescimento econômico pode ir de 0% a 3%. Por estes cenários a margem de acerto (ou erro) é de R$ 76 bilhões, valor superior ao PIB do estado de Pernambuco ou do Ceará. Em outras palavras os organismos não sabem nada do que ocorrerá, mas já rebaixou a expectativa otimista da economia brasileira. Por isso mesmo um senador da oposição já pegou sua cartela, aquela que lhe interessa no jogo eleitoral: o Brasil não crescerá nada em 2009.
O mesmo se diz do Senador Tasso Jereissati, ilustre líder da aliança entre o litoral do Ceará e a região da cidade de Sobral. O Senador Jereissati pertence a uma das famílias abastadas do nordeste, o pai se tornou uma potência econômica pelos caminhos de Getúlio Vargas. Era um dos líderes do PTB. Amealhou riqueza enquanto exercia a sua “militância” política. O irmão do senador é um dos homens mais sortudos do país, é um típico paulistano de grandes negócios, agora mesmo se beneficia da provável fusão entre duas grandes operadoras de telefonia. Pois bem, o senador andou destruindo o valor das ações da Petrobrás ao espalhar no mercado inteiro a questão do empréstimo da estatal (na verdade uma empresa de capital aberto) junto à caixa econômica. Novidade? Nenhuma! O senador e todo mundo sabia que o primeiro efeito da recessão fora o fim do crédito mundial.
Enquanto isso no subcontinente indiano se arma um dos prováveis problemas de conflito mundial tão comum nestas recessões da economia capitalista. Um grupo de 25 jovens do Paquistão matou quase duzentas pessoas em Bombaim e quase põe abaixo dois ícones hoteleiros do capitalismo indiano (no feito igual ao das torres gêmeas). Agora a Índia cobra atitude do Paquistão, tendo a Cachemira como pólvora, mísseis e bomba atômica, algo de muito explosivo pode começar já.
No mundo partido das ciências especializadas, estas coisas parecem departamentos isolados. Na verdade a tecnologia de base científica permitiu esta ilusão departamental. Mas não é essa a questão. Por exemplo, o ramo da Economia que mais cresceu nos anos áureos do mercado financeiro foi a econometria, com seus modelos matemático preditivo, com os cenários prováveis. Agora se vê cada vez mais que a economia é uma ciência de psicologia de massa. Uma coisa ganha e perde valor com a velocidade de um feitiço, entre o encanto e o horror ao objeto do desejo.
Agora vejamos o quanto a boataria se torna um instrumento provinciano no sofisticado salão das “pessoas de negócio”. Nesta semana se definiu: a economia americana finalmente se tornou recessiva. Como jamais nos últimos 60 anos. Os cenários dos organismos internacionais para a economia mundial no ano que vem é de uma precisão tão irônica quanto os efeitos de uma explosão. Para o Brasil o crescimento econômico pode ir de 0% a 3%. Por estes cenários a margem de acerto (ou erro) é de R$ 76 bilhões, valor superior ao PIB do estado de Pernambuco ou do Ceará. Em outras palavras os organismos não sabem nada do que ocorrerá, mas já rebaixou a expectativa otimista da economia brasileira. Por isso mesmo um senador da oposição já pegou sua cartela, aquela que lhe interessa no jogo eleitoral: o Brasil não crescerá nada em 2009.
O mesmo se diz do Senador Tasso Jereissati, ilustre líder da aliança entre o litoral do Ceará e a região da cidade de Sobral. O Senador Jereissati pertence a uma das famílias abastadas do nordeste, o pai se tornou uma potência econômica pelos caminhos de Getúlio Vargas. Era um dos líderes do PTB. Amealhou riqueza enquanto exercia a sua “militância” política. O irmão do senador é um dos homens mais sortudos do país, é um típico paulistano de grandes negócios, agora mesmo se beneficia da provável fusão entre duas grandes operadoras de telefonia. Pois bem, o senador andou destruindo o valor das ações da Petrobrás ao espalhar no mercado inteiro a questão do empréstimo da estatal (na verdade uma empresa de capital aberto) junto à caixa econômica. Novidade? Nenhuma! O senador e todo mundo sabia que o primeiro efeito da recessão fora o fim do crédito mundial.
Enquanto isso no subcontinente indiano se arma um dos prováveis problemas de conflito mundial tão comum nestas recessões da economia capitalista. Um grupo de 25 jovens do Paquistão matou quase duzentas pessoas em Bombaim e quase põe abaixo dois ícones hoteleiros do capitalismo indiano (no feito igual ao das torres gêmeas). Agora a Índia cobra atitude do Paquistão, tendo a Cachemira como pólvora, mísseis e bomba atômica, algo de muito explosivo pode começar já.
2 comentários:
Mas é muito bom, meu caro José, logo pela manhãzinha a gente degustar um texto tão límpido e apropriado.
Abraços.
José do Vale,
Como já falei no Blog do Crato: uma palavra que define você é a lucidez.
Abraço,
Claude
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