TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Doze em ponto

Por tanto tempo
Essa canção em costelas e pele
Se esgueira pelas frestas do cabaré em festas
Os ouvidos imundos são bem mais
Mundanos do que sortudos

A usura dessas pústulas
É serem divertidas por tanto tempo
Esquadrinhados em balcões cabisbaixos
São esses os cotovelos velados
Na fila torta da sopa embalsamada

Trezentos porcos famintos
Chafurdem por tanto tempo nos desejos
Sumários de Das Dores Sem Piedade
Conhecida por suas complexas depilações
Eróticas com borboletas enferrujadas

2 comentários:

Domingos Barroso disse...

Eia, poeta!
Do início já percebo
que os versos são teus!
Assim, para que se pense mais -
E se entenda mais a partir do ruminante silêncio cheio de sílabas simbólicas.
Um forte abraço, meu camarada.

Marcos Vinícius Leonel disse...

Valeu poeta, um grande abraço.
Seus comentários sempre são importantes para mim.

Vou continuar publicando as inportunações da promiscuidade humana, demasiadamente humana, antes que o blog promova um curso prático para coroinha.

abraços