(ao som do Wolfmother)
minhas crenças se dispersaram
num dia assim
de máquinas agitadas
de cortinas metidas em janelas mórbidas
dessa cidade muda, em cinzas
emito sinais
para alguém no futuro
que deve sacar meu desespero
e deve, de quebra, mandar uns recados
no dialeto desconhecido do porvir
ele lá de seu lugar também torce
como quem determina a morte e o destino
de um mero herói solitário
pertenço a ele
e ao tal futuro sem corpo
que ainda me parece tão somente
essa puta loira, que me sorri do calendário
Um comentário:
Essa sensação de morte presumida
na face dos outros quando bate nos dedos assombra o tempo presente e futuro.
Meu camarada,
a loira do calendário refresca.
Um forte abraço.
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