TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Tarja vermelha

Sem que ninguém saiba
acompanho meus duendes noturnos.
Secreção nasal, ouvidos atentos.

Esqueci do comprimido que tomei.
Não me deu barato,
bolinhas coloridas -
coisinhas e tal.

Tão lúcido
quanto o velho da aldeia
prossigo minha caminhada.

Escorrego em calçadas enfeitadas
com retalhos de cerâmicas.

Os pés fora dos chinelos
têm outra vida.
E se for de madrugada
o piso do quarto mais frio.

Assovio pelo nariz -
essa gripe criando alma
dentro das minhas narinas.

Um comentário:

Carlos Rafael Dias disse...

Como diria Geraldo Urano: Salute poeteiro!

Poeta-Camarada, saúde e paz!