A tragédia que forja
um mortal em semideus
é festiva aos primeiros frutos
ainda secos dentro da árvore.
Meus dias turvos
um dia somem da vidraça.
(nesse dia que o vento
também leve a casa)
Encanto talvez coragem
do puro verme
que não perde a esperança
tampouco ousa chorar de raiva
cego.
Desabem então sobre meus ombros
tragédias e mais infortúnios:
Só isso?
Alegra-se a parte boa.
Piruetas, cambalhotas, rodopios
antes que o caixão desça
sete palmos.
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