Escolhas. Um ato individual como fato, porém uma cadeia de influências coletivas. Escolhemos aquilo que de algum modo o senso comum já visualizou. Neste espírito é que escolhi algumas frases que circulam na internet nesta semana.
Sobre o espírito ideológico a condenar todas as experiências socialistas. Uma espécie de condenação que certamente teria horror à Revolução Francesa que efetivamente deu o trono para as classes burguesas e seus vieses nacionais. Não se extraem daquela revolução outras lições que não o regicídio e o aguçamento do chamado momento do terror. Esqueceram todo o arcabouço institucional que fundou o Capitalismo como história verdadeira, com atores e conteúdo. A frase foi dita por Enrique Ubieta Gómez num artigo publicado inclusive neste blog: “apesar da derrubada – há 20 anos – e do descrédito de um “campo socialista” do qual hoje se enumeram as manchas e se ignora a luz”.
Nesta mesma linha o estilo agressivo de certos atores sociais agindo no campo da política. Um estilo que costuma fundamentar golpes políticos. Um estilo ditatorial cujo teor é destruir outro modo de pensar. Trata-se do ex-cineasta e atual comentarista da Globo Arnaldo Jabor: “A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”? Impedir o pensamento é o limite para qualquer ação humana. E a palavra questão já possui uma carga de mobilização para a conspiração.
Na semana que passou e nesta o assunto do Oriente Médio continua pipocando e no centro dela a questão dos Palestinos. Especialmente como uma questão americana, pois Israel é o um apêndice de sua política na região. O trecho foi citado por Roberto Fisk num artigo sobre a situação no oriente. O trecho é de um livro de George Antonius e o que chama a atenção é que foi escrito em 1938. Hitler já dominava inteiramente a Alemanha e tinha enorme influência no comportamento europeu. O que dizia Antonius é de uma antevisão que parece divina: “O tratamento imposto aos judeus na Alemanha e em outros países europeus é uma desgraça para os autores e para a civilização moderna. A posteridade não perdoará nenhum país que não assuma a sua parcela de sacrifícios para aliviar o sofrimento e o desespero dos judeus. Impor toda a carga à Palestina árabe é miserável movimento de fuga ao cumprimento do dever moral que cabe a todo o mundo civilizado, além de ser moralmente vergonhoso. Nenhum código moral pode justificar a perseguição de um povo, como meio para aliviar a perseguição de outro. A cura para a expulsão dos judeus da Alemanha jamais será a expulsão dos árabes, de sua própria terra (…).”
A última não se trata de uma frase, mas de um fato. Tem tudo para merecer nossa profunda reflexão sobre a violência em nosso país e em todo continente latino americano. Trata-se da cadeia por trás dos atentados de Moscou. Tudo indicava (a não ser que novas revelações digam ao contrário) que as mulheres bombas eram as chamadas viúvas negras. Mulheres viúvas de guerrilheiros abatidos pelo exército russo. Por isso o olhar assassino e o ódio estampado nos olhos de Putin no mesmo dia em que as olheiras e o olhar baixo de Mendeleev parecia carregar todo o constrangimento daquele passado apocalípito de Putin na Chechenia.
Sobre o espírito ideológico a condenar todas as experiências socialistas. Uma espécie de condenação que certamente teria horror à Revolução Francesa que efetivamente deu o trono para as classes burguesas e seus vieses nacionais. Não se extraem daquela revolução outras lições que não o regicídio e o aguçamento do chamado momento do terror. Esqueceram todo o arcabouço institucional que fundou o Capitalismo como história verdadeira, com atores e conteúdo. A frase foi dita por Enrique Ubieta Gómez num artigo publicado inclusive neste blog: “apesar da derrubada – há 20 anos – e do descrédito de um “campo socialista” do qual hoje se enumeram as manchas e se ignora a luz”.
Nesta mesma linha o estilo agressivo de certos atores sociais agindo no campo da política. Um estilo que costuma fundamentar golpes políticos. Um estilo ditatorial cujo teor é destruir outro modo de pensar. Trata-se do ex-cineasta e atual comentarista da Globo Arnaldo Jabor: “A questão é como impedir politicamente o pensamento de uma velha esquerda que não deveria mais existir no mundo”? Impedir o pensamento é o limite para qualquer ação humana. E a palavra questão já possui uma carga de mobilização para a conspiração.
Na semana que passou e nesta o assunto do Oriente Médio continua pipocando e no centro dela a questão dos Palestinos. Especialmente como uma questão americana, pois Israel é o um apêndice de sua política na região. O trecho foi citado por Roberto Fisk num artigo sobre a situação no oriente. O trecho é de um livro de George Antonius e o que chama a atenção é que foi escrito em 1938. Hitler já dominava inteiramente a Alemanha e tinha enorme influência no comportamento europeu. O que dizia Antonius é de uma antevisão que parece divina: “O tratamento imposto aos judeus na Alemanha e em outros países europeus é uma desgraça para os autores e para a civilização moderna. A posteridade não perdoará nenhum país que não assuma a sua parcela de sacrifícios para aliviar o sofrimento e o desespero dos judeus. Impor toda a carga à Palestina árabe é miserável movimento de fuga ao cumprimento do dever moral que cabe a todo o mundo civilizado, além de ser moralmente vergonhoso. Nenhum código moral pode justificar a perseguição de um povo, como meio para aliviar a perseguição de outro. A cura para a expulsão dos judeus da Alemanha jamais será a expulsão dos árabes, de sua própria terra (…).”
A última não se trata de uma frase, mas de um fato. Tem tudo para merecer nossa profunda reflexão sobre a violência em nosso país e em todo continente latino americano. Trata-se da cadeia por trás dos atentados de Moscou. Tudo indicava (a não ser que novas revelações digam ao contrário) que as mulheres bombas eram as chamadas viúvas negras. Mulheres viúvas de guerrilheiros abatidos pelo exército russo. Por isso o olhar assassino e o ódio estampado nos olhos de Putin no mesmo dia em que as olheiras e o olhar baixo de Mendeleev parecia carregar todo o constrangimento daquele passado apocalípito de Putin na Chechenia.
2 comentários:
Israel vai até onde o Tio Sam deixar.
Enquanto isso, leio no Viomundo, que a viagem "surpresa" de Obama ao Afeganistão foi para repreender o presidente de lá, porque o mesmo foi ao Irã e também visitou a China.
E eu que não entendo nada de Cinema, mas gosto de assistir filmes em salas de cinema, fui assistir "Preciosa" - Precious.
É um soco no estômago. Menina, negra, obesa, pobre, violentada... moradora do Harlem!
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