O pessoal que viveu e compreendeu os anos 80 sabe que Brizola não rimava com Roberto Marinho. A rede Globo era inimiga do político. Apoiara a ditadura, todo dia 31 março lia um editorial favorável ao regime e justificando o golpe. Os termos com que se justificavam, lembro bem, eram muito parecidos com os que li nestas eleições.
A rede Globo era peça chave na fraude das eleições de 82 aqui no Rio. Era um esquema de fraude nos computadores que totalizavam as apurações e servia para defenestrar Brizola e por no lugar o candidato do PDS Moreira Franco. A partir daí ficaram impossíveis quaisquer modos de conciliação. A Globo tinha por meta matar Brizola politicamente de qualquer modo (alguma semelhança com agora?).
Agora pensam que isso era a rede em pensamentos, palavras e atos. Não é assim que as coisas funcionavam. Roberto Marinho como dono era um ditador feroz. Massacrava seus funcionários, mas estes tinham valor, tinham luz própria, pensavam com os próprios botões. Mesmo vivendo numa simbiose de bons salários e prestígio, o pessoal sabia mostrar-se contrariado.
Resultado, na tal crise das eleições de 82, chegou um momento que o velho Marinho teve que recuar. Não só pela externalidade das falcatruas atingindo a própria organização, como pelos seus repórteres, editores e cinegrafistas que estavam na rua e viam a pressão e ódio popular contra eles. Eles reagiram ao golpe de Marinho em sua articulaçã com a ditadura militar que naquela altura se desmanchava no ar.
Pois bem, no dia de ontem, quando tudo indica a Globo montou uma farsa para provar que serra tinha recebido outra bordoada que não a bolinha, houve uma revolta agônica na sede da empresa em São Paulo. Vejam o que conta Rodrigo Vianna, ex-repórter da Globo e que mantém bons laços na emissora:
"Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade."
A rede Globo era peça chave na fraude das eleições de 82 aqui no Rio. Era um esquema de fraude nos computadores que totalizavam as apurações e servia para defenestrar Brizola e por no lugar o candidato do PDS Moreira Franco. A partir daí ficaram impossíveis quaisquer modos de conciliação. A Globo tinha por meta matar Brizola politicamente de qualquer modo (alguma semelhança com agora?).
Agora pensam que isso era a rede em pensamentos, palavras e atos. Não é assim que as coisas funcionavam. Roberto Marinho como dono era um ditador feroz. Massacrava seus funcionários, mas estes tinham valor, tinham luz própria, pensavam com os próprios botões. Mesmo vivendo numa simbiose de bons salários e prestígio, o pessoal sabia mostrar-se contrariado.
Resultado, na tal crise das eleições de 82, chegou um momento que o velho Marinho teve que recuar. Não só pela externalidade das falcatruas atingindo a própria organização, como pelos seus repórteres, editores e cinegrafistas que estavam na rua e viam a pressão e ódio popular contra eles. Eles reagiram ao golpe de Marinho em sua articulaçã com a ditadura militar que naquela altura se desmanchava no ar.
Pois bem, no dia de ontem, quando tudo indica a Globo montou uma farsa para provar que serra tinha recebido outra bordoada que não a bolinha, houve uma revolta agônica na sede da empresa em São Paulo. Vejam o que conta Rodrigo Vianna, ex-repórter da Globo e que mantém bons laços na emissora:
"Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade."
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