“Mas uma das coisas que alimenta a recaída permanente da elite brasileira ao conservadorismo – e ao militarismo – é o outro lado. O velho PSD, de Tancredo Neves, também permanece como padrão de comportamento político: a recusa a qualquer tipo de confronto, em especial quando pode resvalar na área militar. Os dois lados se alimentam de um consenso forjado sabe-se lá onde, de que a direita tem legitimidade para levar o confronto ao limite, enquanto, do centro à esquerda, os atores políticos tornam-se irresponsáveis se não estiverem sempre conciliando.” Inês Nassif no Valor.
Esta constatação da Inês Nassif que já vale meio artigo vem bem a propósito. Agora mesmo fui alvo de ataques por alguém num blog por que analisei as recentes posições do Governador Eduardo Campos de Pernambuco por ter ele feito algumas declarações para agradar os conservadores, essencialmente no espírito do que levanta a Inês.
Mais especificamente me referia a um texto publicado pelo governador na Folha de São Paulo com teses sobre o Sistema Único de Saúde, na contramão do que se encontra na Constituição Federal e da luta histórica por uma saúde pública universal. O texto que escrevi subentende quem acompanha o espírito da questão naquilo que vem ocorrendo no modelo mais baseado no setor privado, no caso os EUA, sem sistema de acesso universal e seleção de acesso por contraprestações pecuniárias para ser incluído nos Planos de Saúde. Quem acompanha a questão entende bem o que quis apontar. É bom assistir ao filme da Michael Moore, chamado: Sicko.
Afinal até agora não compreendi o motivo do ataque, se era em defesa do conservadorismo, se era por me achar um amador sem qualificação ou se o sujeito ainda está contaminado pela recente luta eleitoral. Não me pareceu que fosse algum eleitor do Eduardo, pois neste caso criaria uma argumentação e não um ataque pessoal. Mas isso acontece na internet, um ódio tremendo aos argumentos do outro que redunda numa marcação corpo a corpo. Ora desqualificar quem escreve algo, como o dito, implica na própria desqualificação, mas teve o dom de provocar: foram tantos comentários como raro lemos nos blogs.
Então onde se encontra esta raiz de querer sempre enquadrar os passos das posições mais progressistas e mais à esquerda? Certamente que não vem do fim da União Soviético e todas as revisões dos regimes socialistas e comunista. Isso no Brasil já era assim no tempo da guerra fria. A ditadura militar se baseou na perseguição aos liberais e quadros da esquerda política e tinha um nome genérico, apropriado a todo sistema político truculento: o adversário era o subversivo.
Não afirmo, é uma tese. Isso decorreria de um fato histórico que foi recentemente comemorado no mês de novembro: o levante de 35 que completou 75 anos. Em história isso é pouco e pode bem criar uma marca na cultura política, automática sem que se faça qualquer reparo crítico. Agora as forças sociais são diferentes e não existe razão para que as teses de uma sociedade de bem estar social não sejam desejadas e nem que não se lute por elas. Não se tem como contemporizar com um atoleiro histórico.
Esta constatação da Inês Nassif que já vale meio artigo vem bem a propósito. Agora mesmo fui alvo de ataques por alguém num blog por que analisei as recentes posições do Governador Eduardo Campos de Pernambuco por ter ele feito algumas declarações para agradar os conservadores, essencialmente no espírito do que levanta a Inês.
Mais especificamente me referia a um texto publicado pelo governador na Folha de São Paulo com teses sobre o Sistema Único de Saúde, na contramão do que se encontra na Constituição Federal e da luta histórica por uma saúde pública universal. O texto que escrevi subentende quem acompanha o espírito da questão naquilo que vem ocorrendo no modelo mais baseado no setor privado, no caso os EUA, sem sistema de acesso universal e seleção de acesso por contraprestações pecuniárias para ser incluído nos Planos de Saúde. Quem acompanha a questão entende bem o que quis apontar. É bom assistir ao filme da Michael Moore, chamado: Sicko.
Afinal até agora não compreendi o motivo do ataque, se era em defesa do conservadorismo, se era por me achar um amador sem qualificação ou se o sujeito ainda está contaminado pela recente luta eleitoral. Não me pareceu que fosse algum eleitor do Eduardo, pois neste caso criaria uma argumentação e não um ataque pessoal. Mas isso acontece na internet, um ódio tremendo aos argumentos do outro que redunda numa marcação corpo a corpo. Ora desqualificar quem escreve algo, como o dito, implica na própria desqualificação, mas teve o dom de provocar: foram tantos comentários como raro lemos nos blogs.
Então onde se encontra esta raiz de querer sempre enquadrar os passos das posições mais progressistas e mais à esquerda? Certamente que não vem do fim da União Soviético e todas as revisões dos regimes socialistas e comunista. Isso no Brasil já era assim no tempo da guerra fria. A ditadura militar se baseou na perseguição aos liberais e quadros da esquerda política e tinha um nome genérico, apropriado a todo sistema político truculento: o adversário era o subversivo.
Não afirmo, é uma tese. Isso decorreria de um fato histórico que foi recentemente comemorado no mês de novembro: o levante de 35 que completou 75 anos. Em história isso é pouco e pode bem criar uma marca na cultura política, automática sem que se faça qualquer reparo crítico. Agora as forças sociais são diferentes e não existe razão para que as teses de uma sociedade de bem estar social não sejam desejadas e nem que não se lute por elas. Não se tem como contemporizar com um atoleiro histórico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário