Eram sete e ficaram pequenos. Somaram mais um e ficou uma coisa esquisita: sete mais um. Aí disseram que eram oito e se reúnem. Para quê mesmo?
Quase cabe aquela trova de Ascenso Ferreira: Para quê? Para nada!
Não são mais as nações ricas do mundo. A Itália e o Canadá já estão atrás do Brasil. O Japão já perdeu o segundo lugar do mundo para a China. Por isso o assunto fundamental das nações, a economia, não tem mais peso algum naquele lugar. O G20 é quem realmente delibera ou administra os impasses.
Então a reunião dos sete mais um patinho feio, a Rússia, foi para advogar a hegemonia Anglo-Saxônica como anunciou o Obama, qual um terrorista fundamentalista? Ou foi para justificar a “pauleira” da OTAN sobre Kadafi? Se há uma guerra cínica é esta da OTAN contra a Líbia: nenhuma justificativa que não seja para fortalecer o tal Conselho do Golfo, comandado pela Monarquia da Arábia Saudita, uma das mais sujas lutas do mundo atual.
O que a Europa ganha mesmo com a aliança das monarquias sunitas? Isso já se viu aos montões na guerra fria e o emblema é a Somália: um dia pró-rússia e outro pró-EUA. Agora mesmo é o Afeganistão. Afinal dizem: a reunião rendeu mesmo para apoiar as revoltas populares no Norte da África. Agora perguntem o que pensam aqueles senhores que se reúnem num “grupo sem nome” sobre as revoltas populares da Espanha, Portugal e quando chegarem à Itália e à França?
Os atores menores da história, pela fraqueza ontológica, são essencialmente cínicos. Precisam da pantomima para esconder a insignificância. Nos salões de joelhos e dentes arreganhados para os banqueiros e nas televisões encenando a pose de estadistas. Não enfrentam as grandes contradições de sua era. São apenas “pau mandado” e como “pau mandado” eles apenas batem, não criam nada.
Viram que outro assunto os heróis dos sem nome trataram? A internet! Não! Coisa alguma. Lembram as aquisições milionárias recentes envolvendo Microsoft e outras como a Google? Lembram das notícias implantadas dando conta de fragilidades de um lado e outro dos gigantes da internet? Mais uma bolha se anuncia para estourar a poupança dos velhinhos da Costa Leste.
Os sem nomes têm seus interesses a preservar. O FMI vai para um Europeu com a finalidade de ditar normas para as agruras econômicas dos outros, especialmente nos BRICS. Viram como a disputa ficou acirrada? O Sarkô ficou fulo com o Brasil, ameaçou retirar o apoio a que este ocupasse um veto no conselho de segurança da ONU.
O que não faltou na reunião e o no périplo do grande líder das Américas foram grosserias com os BRICS. Agora a cara amarrada do presidente da Rússia na hora de anunciar o “fracasso” das conversas sobre o escudo Polonês, deu um prazer sádico essencial.
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