S'eu te chamar de meu amor
tu juras que acordas desse
sono profundo?
Os meus cílios deram pra cair
de hora para outra
e tu não estás ao meu lado,
assoprá-los e fazer um pedido.
S'eu te chamar de bailarina graciosa
tu te levantas da cama, lavas o rosto,
molhas os cabelos e vais pra calçada?
Talvez não saibas mas o sol
vive sob uma melancolia
entre pôr o pescoço de fora
ou ficar enrolado dentro
das nuvens: um sol
sem graça.
Meu amor,
minha bailarina graciosa,
sai do quarto, dá um pulinho
à esquina, toma um sorvete.
Sabe aqueles pombos?
Andam cabisbaixos.
Rejeitam de quem passa
migalhas de pão e arroz.
Um dia chegaram aos meus ombros
e perguntaram-me por ti "a menina
de tranças e de olhar triste"
Respondi-lhes
que não és
triste.
Apenas
santinha.
E que as tranças
é imaginação deles.
tu juras que acordas desse
sono profundo?
Os meus cílios deram pra cair
de hora para outra
e tu não estás ao meu lado,
assoprá-los e fazer um pedido.
S'eu te chamar de bailarina graciosa
tu te levantas da cama, lavas o rosto,
molhas os cabelos e vais pra calçada?
Talvez não saibas mas o sol
vive sob uma melancolia
entre pôr o pescoço de fora
ou ficar enrolado dentro
das nuvens: um sol
sem graça.
Meu amor,
minha bailarina graciosa,
sai do quarto, dá um pulinho
à esquina, toma um sorvete.
Sabe aqueles pombos?
Andam cabisbaixos.
Rejeitam de quem passa
migalhas de pão e arroz.
Um dia chegaram aos meus ombros
e perguntaram-me por ti "a menina
de tranças e de olhar triste"
Respondi-lhes
que não és
triste.
Apenas
santinha.
E que as tranças
é imaginação deles.
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