Como não poderia deixar de ser, por esse mundo afora são muitas e diferentes
as "falas" e o "modo de expressar-se" dos povos (na realidade, a cultura de cada um). Você já imaginou, por exemplo, como seria estranho e esquisito se de repente os brasileiros tivéssemos que escrever "de trás pra frente" (ou da direita pra esquerda), como é feito lá pras bandas do explosivo Oriente Médio ??? Ou se usássemos aqueles “garranchos” (na verdade, símbolos e não letras) usados lá no Japão e na China ???
Por essa e outras é que a nossa língua portuguesa é realmente algo fantástica, inigualável, rica, fabulosa. Um exemplo ??? Tomado de forma isolada (ou ao “pé-da-letra”), o substantivo “monstro” remete-nos, de pronto, a uma figura desprezível, horripilante, ruim, cruel, desprezível e, enfim, a alguma coisa contrária à própria natureza, algo como que uma autentica criação do “capeta” e seus discípulos.
De outra parte, se atentarmos para a palavra “sagrado”, até sem muito esforço intelectual seremos imediatamente induzidos a crer em algo que inspira respeito, divindade, estima, sublimação, digna de veneração, como se fora originária dos deuses.
O que poderia resultar, então, do inusual “ajuntamento”, um até pouco tempo atrás improvável “acasalamento”, uma espécie de associação, junção, sociedade (ou seja lá como se possa denominar), entre o substantivo tido como demoníaco e o adjetivo considerado quase que celestial, entre o profano e o sagrado, entre as supostas “representações” do capeta e do Divino ???
O que significaria, em sua acepção plena, a expressão “monstro sagrado” ???
“Na lata” e sem medo de incorrermos em alguma heresia ou qualquer disparate: ao adjetivarmos a palavra “monstro” com a qualificação “sagrado” (não tão comum nos dias atuais), estamos, na realidade, subvertendo o real e tétrico significado da palavra “monstro”, passando então tal expressão a assumir mesmo que transitoriamente a acepção de venerável, inalcançável, intocável ou inatingível.
Isto posto, vamos ao que interessa: dentre a infinidade de blogs que compõem a comunidade virtual dos dias presentes, a cidade do Crato tem o privilégio de sediar os blogs “No Azul Sonhado”, “Cariricult” e “Cariricaturas”, sem favor nenhum repositórios de cabeças pensantes às mais ilustres, felizes detentores de uma miscelânea de cucas privilegiadíssimas, enfim, ambiente, abrigo e certeza de um manancial intelectual de qualidade comprovada, trincheira de dá inveja a gregos e troianos (torna-se necessário, no entanto, que os seus responsáveis tomem os devidos cuidados a fim de evitar qualquer espécie de "contaminaçao" indesejada, que acabe por desfalcar o time).
E, dentre tantas e tão destacadas figuras, no meio de tantas “cobras-criadas”, de tantas sumidades, permitimo-nos, sem receio de ferir suscetibilidades, nomear duas figuras que, em seus respectivos estilos, se destacam pela maneira séria, competente, leve, envolvente e gostosa de expor publicamente; de um lado, temos suas narrações de “causos”, “reminiscências”, “mungangas” e “presepadas”; e, quando necessário, a manifestação didática e de maneira incisiva e contundente das suas posições políticas, suas visões do mundo, suas ricas experiências de vida.
Referimo-nos aos honrados, íntegros e respeitáveis senhores José Flávio Vieira e José do Vale Pinheiro Feitosa, cratenses que ultrapassaram fronteiras e dignificam e orgulham todos nós, filhos da terra de Bárbara de Alencar.
São os nossos “MONSTROS SAGRADOS”.
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