Numa época em que o
futebol brasileiro andava de “crista baixa” e com perspectiva real de não
participar de uma Copa do Mundo pela primeira vez na história (tal o descalabro
reinante), às pressas convocaram, visando “arrumar a casa”, o treinador Luiz
Felipe Scolari, então brilhando num dos grandes clubes de São Paulo. E aí ele
chegou mostrando ter “luz própria”, objetivos definidos e tal, porquanto, mesmo
sob enorme pressão da torcida brasileira e, especialmente, da crônica esportiva,
não convocou o idolatrado (mas indisciplinado) jogador Romário. Foi um Deus nos
acuda que só cessou quando o time começou a ganhar, findando por se sagrar mais
uma vez campeão do mundo.
Ao tempo em que
resgatou o respeito do mundo futebolístico pela nossa seleção, Felipão viu-se
guindado à condição de top de linha, de estrategista genial, ícone de uma nova
era; tanto que sua carreira deu uma alavancada fulminante e ele foi parar “nas Oropa”,
onde dirigiu a seleção portuguesa, o respeitável time inglês do Chelsea e até
milionários times da Rússia; voltou “podre de rico” e... repaginado.
“Repaginação” que se
mostrou decepcionante agora, quando, novamente chamado às pressas para, de novo
“arrumar a casa”, se nos apresentou cheio de conivências, de conveniências, de
invencionices e de uma maleabilidade que outrora não possuía; assim, desde que reassumiu não teve a coragem
devida pra sequer substituir o “bibelozinho de luxo”, a nova coqueluche da
imprensa esportiva (aquele que a TV Globo já decretou ser o único craque do
time), o improdutivo e doméstico jogador Neymar, que quando tem pela frente os europeus
“se caga todo”, treme mais que vara verde, vira uma peça absolutamente nula
(mas, atenção: no próximo jogo enfrentaremos o “índios” da Bolívia e então tal
jogador deitará e rolará, de sorte que, hipocritamente, a imprensa no dia
seguinte o vangloriará e o elevará à condição de salvador da pátria); no mais e
como que pra provar que a metamorfose foi impressionante e pra valer, o Felipão
resolveu convocar para a seleção um goleiro que não é nem reserva do reserva do
reserva do seu time (ou seja, é o quarto goleiro); só que é jogador do
defensivo time do Corinthians, verdadeiro representante do anti-futebol, do
futebol de resultados, e que tem à retaguarda uma cambada de grandes empresários
sem escrúpulos e que não se importam em jogar sujo, desde que os fins, nem
sempre nobres, sejam alcançados.
A dúvida é: será que
até a Copa do Mundo o treinador Felipão se reciclará ??? Se não o fizer, estaremos
ferrados.
Definitivamente. Sem
choro e nem vela.
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