Quando
o Ministro-Presidente do STF, Joaquim Barbosa, resolveu inovar nos ritos
processualísticos dessa banda do Ocidente, ao importar da literatura alemã leis
que permitiram condenar os réus envolvidos no tal “mensalão” sem provas, (por
mera suposição ou desconfiança de que haviam praticado crimes), de pronto a
mídia nacional resolveu transformá-lo numa espécie de “herói nacional”,
paladino intimorato da nossa justiça, ícone de uma nova era, arauto contra a falta
de ética e a presença da corrupção. Tanto é que, a partir de então, Sua
Excelência passou a figurar na lista dos possíveis candidatos à Presidência da
República e, já aí, com um percentual de intenção de votos bastante animador e
nada desprezível. Assim, Joaquimzão, querendo ou não, da noite pro dia
tornou-se o “cara” da vez.
Mas,
eis que de repente, como o pau que bate em Chico é o mesmo que açoita
Francisco, Joaquimzão passou de estilingue a “vidraça”, por conta da descoberta
de atos suspeitos no seu dia-a-dia, incompatíveis com a posição que ocupa, daí
a mesma mídia que o incensou às alturas tentar agora tirar-lhe a escada,
lançando-o no olho do furacão.
É
que, objetivando adquirir um apartamento de alto padrão nos Estados Unidos
(Miami), Joaquimzão resolveu constituir uma empresa offshore, no Brasil (Assas
JB Corp); só que pisou no tomate e ficou definitivamente comprometido ao
colocar o endereço do imóvel funcional em que mora (Brasília) como sede da
citada empresa, numa manobra típica visando obter benefícios fiscais.
Descobriu-se,
então, que o Decreto nº 980/1993, que regula a cessão de uso dos imóveis
residenciais de propriedade da União, situados no Distrito Federal, não prevê o
uso de imóvel funcional para outros fins, que não o de moradia.
E
a emenda ficou pior que o soneto quando, na tentativa de defender-se da manobra
suspeita, Joaquimzão garantiu não ter cometido nenhuma irregularidade e,
apelando para o tradicional e desgastado argumento utilizado por nossos
políticos mafiosos, garantiu ter sido alvo de uma “brutal invasão de
privacidade”.
Fato
é que, independentemente de ser convencido ou não a concorrer em qualquer tipo
de eleição, lá na frente, Joaquimzão forneceu de bandeja munição suficiente
para ser utilizada por futuros adversário-concorrentes, porquanto mostrando-nos
ser um mero santo de “pés de barro”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário