Poluição
desenfreada, formação da camada de ozônio e o conseqüente aumento da elevação
da temperatura no planeta Terra são fatores que se interligam umbilicalmente, propiciando,
hoje, um debate intenso sobre o “meio ambiente” (ou da necessidade de “preservação
do verde”).
Aqui
em Fortaleza, por exemplo, cidade que se verticaliza num ritmo impressionante, uma
das raras áreas onde ainda se pode respirar ar puro é o Parque do Cocó, abrigo
de uma fauna e flora diversificada e pujante (há placas nominando tudo).
Só
que, quando ainda não havia essa preocupação toda com o “meio ambiente” (e a conseqüente
qualidade do ar que respiramos), o empresário Tasso Jereissati, com foco no
lucro por cima de pau e pedra, adquiriu uma extensa área do parque e construiu
o seu Shopping Iguatemi (atualmente construindo/agregando mais 194 lojas às mais
de 200 já existentes), além de um edifício de 12
andares, onde se enclausura em sua torre de marfim (seu quartel general).
À
época, quando questionado sobre a “agressão” praticada ao meio ambiente e, até,
sobre a possibilidade de, via judicial, se por o Iguatemi abaixo, Sua
Excelência de pronto requisitou e colocou em marcha um verdadeiro exército de “sumidades”,
a fim de comparecer às televisões, jornais e rádios da vida, desfraldando a bandeira
de que ele, Tasso Jereissati, fora na realidade um benfeitor da cidade,
porquanto tornara uma área degradada pelo sal grosso num espaço de convivência
e diversão de gregos e troianos. Fotografias em tamanho gigante foram
espalhadas pela cidade, mostrando homens trabalhando nas imensas salinas
existentes onde se localiza o Iguatemi, enquanto que nas televisões filmes
antigos retratavam a mesma coisa, em movimento. E o mote final era sempre o
mesmo: graças a Tasso Jereissati, aquela área da cidade fora revitalizada.
No
entanto, os que hoje se utilizam das trilhas existentes no Parque do Cocó para
suas caminhadas diárias podem observar que, lá no meio da vegetação, em pleno
coração da mata, entre o mangue e o gorjear dos pássaros, devidamente
anunciadas através de placas apostas à margem, jazem as ruínas (paredes) da antiga
“salina Diogo”.
Sim,
amigos, por paradoxal que possa parecer, todo o complexo do hoje famoso Parque do
Cocó já foi, num tempo não tão distante, “sal grosso puro”. E se atualmente a fauna
e a flora fizeram foi diversificar-se, constituindo-se espécie de reserva de ar
puro da nossa capital, trata-se de uma vitória da própria natureza.
Trata-se
da prova provada de que Tasso Jereissati e seus áulicos mentiam para esconder o
crime perpetrado ou desconheciam o poder de revitalização da natureza.
Não será favor nenhum se
você optar pela primeira alternativa, sem pestanejar
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