A
exoneração do Secretário de Segurança Pública do Estado do Ceará é a “prova
provada” da hipocrisia (e dissimulação) que vige no meio político.
Escolha
pessoal e intransferível da família Ferreira Gomes, desde o princípio o então
coronel da polícia mostrou que não era do ramo, que não tinha aptidão para a
coisa, que se constituía um autêntico peixe fora d’agua, que não passava de um
blefe e, enfim, que era um incompetente em potencial em termos de gestão e
comando.
E
o resultado não poderia ser diferente: durante sua catastrófica permanência à
frente da Secretaria de Segurança, a bandidagem deitou e rolou, fez e desfez,
casou e batizou. Tanto é que os assaltos a ônibus aumentaram 155,9% e os homicídios
dolosos no Estado 17,5%, quando comparados com o mesmo período do ano passado; além
do que, em 08 meses do ano corrente, tivemos 24 assaltos (com explosões) em
bancos, ou uma média de 03 por mês.
De
outra parte, sabe-se que quando convidado a assumir a pasta, o coronel da
polícia Francisco Bezerra era um ilustre desconhecido da maioria dos cearenses,
já que nunca houvera militado na arena política, assim como em qualquer outro
setor de maior visibilidade; era, por assim dizer, um zero à esquerda, uma
nulidade em termos de apresentação pessoal, já que com um currículo inexistente.
Pois
não é que agora, a fim de não dar a mão à palmatória, já que a cobrança por um
mínimo de segurança tornou-se uma grita generalizada em todo o Estado, o “padrinho”
(arrependido) do senhor Secretário (o Governador do Estado) houve por bem
substituí-lo, sem que antes haja elaborado um tal “jeitinho”, espécie de saída honrosa
(caricata) para o dito-cujo: assim, o coronel tira o time não por
incompetência, ou porque haja transformado a segurança no calcanhar de Aquiles
do Governador, mas, sim, porque irá concorrer a uma vaga para Deputado Estadual
nas próximas eleições.
Qual
o “curral eleitoral” que o Governador do Estado irá cooptar para que
descarregue seus votos numa nulidade, não se sabe: o certo é que, se o afilhado
“pegar corda” e resolver mesmo concorrer, Sua Excelência corre o risco de “quebrar
a cara” novamente, já que a derrota será fragorosa.
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