Uma das coisas que mais incomodam a quem não é economista é
a moeda. Ela é um instrumento de mensuração do esforço material humano. Se bem
que se inclua em materiais coisas imateriais como a cultura, as marcas, e
outras mais. Ao dar realidade ao valor que as coisas simbolicamente têm, a
moeda é o meio para que elas circulem (ou mudem de dono) entre as pessoas.
Também é a moeda o sinal para que algo novo se construa ou comece ao que chamam
investir, financiar e outras mumunhas mais.
Mas economia mesmo é o trabalho humano. É produção, a
distribuição e o seu consumo. E, portanto, é uma sentença a cada um. Ninguém
consegue comer de uma vez só toda a comida de um restaurante, usar todos os
sapatos de uma sapataria. A vem a estranheza.
Acaba de sair um relatório de uma ONG britânica chamada de
Oxfam que revela que o patrimônio das 85 pessoas mais ricas do mundo equivale
às posses de metade da população humana. Ou seja 85 pessoas contra 3,5 bilhões
de pessoas. E toco a pensar em coisas como democracia.
A famosa frase de Churchill “Tem-se dito que a democracia é
a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido
experimentadas de tempos em tempos”, assim fica negada. A democracia como um sistema
que reduz a condução do mundo (a economia) a 85 pessoas é um desastre
oligárquico.
É uma ditadura de poucos sobre bilhões de seres humanos.
Eles tomam decisões como aqueles velhos filmes hollywoodiano que mostravam os
clubes privês da oligarquia imperial inglesa: tomando chá, praticando jogos e
decidindo a vida de milhões por todos os continentes. Afinal é assim que de
fato funciona o mundo na mão de meia dúzia de famílias mais concentradas em
abuso e poderes do a famigerada nobreza francesa à vésperas da revolução.
Um fato histórico como esse torna todos os economistas em
meros serviçais de decisões ad hoc e ontologicamente erradas sobre o futuro da
humanidade.
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