As recentes e oportunas postagens do Zé Flávio e do Carlos Esmeraldo tendem sinalizar
para o tão almejado “recomeço” do Crato (e o seu despertar para uma nova era),
porquanto provocadoras de reflexões e debates sobre os erros cometidos no PASSADO
e o que poderá ser feito HOJE na perspectiva de que tenhamos algum FUTURO.
De um lado,
o Zé Flávio foca sua análise no saudosismo e pessimismo dos cratenses, deixando
transparecer terem sido fatores determinantes e responsáveis pelo estado de
hibernação que acomete a cidade já há uns 40 anos; aproveita a oportunidade e
nos chama a atenção para a necessidade do estabelecimento de metas que
representem a vocação da cidade, sugerindo cuidados com a Cultura e a Ecologia.
Já a vertente
ofertada pelo Carlos Esmeraldo, além de reforçar o explicitado pelo Zé Flávio,
basicamente nos direciona à necessidade de “união” do povo cratense em prol da
cidade.
Particularmente,
entendemos que há, sim, perspectiva de reversão do quadro, desde que nossa
população se conscientize da necessidade de engajar-se mais efetivamente nessa
luta.
Afinal, como
negar que o Crato chegou a esse deplorável estado de paralisia em razão da irresponsabilidade
do seu povo no momento de usar sua arma mais importante, o voto.
Sim, porque optar
por um quadro político sem nenhum vínculo ou comprometimento mais sério com a
cidade (nas eleições proporcionais), ou que na eleição majoritária (prefeito) escolha
o candidato levando em conta a tal “tradição famíliar”, como recentemente fez o
nosso povo, é algo imperdoável (assim como escolher pessoas despreparadas e que
objetivam apenas “se fazer” na política, é crime).
Como mostrou
o Carlos Esmeraldo em sua postagem, é através de uma representação política
atuante e unida que conseguiremos a tão sonhada alavancagem da economia, E isso
representa o quê ??? Ora, implantação de indústrias e atração de empreendimentos
comerciais de porte, com a conseqüente criação de empregos, geração de renda, aumento
do consumo, movimentação do comércio e, alfim, benefícios para a cidade, via recolhimento de
impostos e taxas. Assim, aumentando sua base arrecadadora, o poder municipal terá
condição de investir em novos planos e projetos, que decerto beneficiarão a
cidade e seus habitantes. A isso se deu a alcunha de o “giro da roda”. Portanto,
façamos a “roda girar”, no Crato, e o resto virá em conseqüência.
Claro que,
como mostrou o Zé Flávio, a chegada do progresso tem sua porção dicotômica (ônus-bônus,
positivo-negativo e por aí vai), comumente deixando seqüelas, tipo aumento da criminalidade
e de roubos, transito caótico e demais mazelas. E aí surge o grande dilema:
crescer e se sujeitar a isso tudo (já que decorrência desse mesmo progresso) ou
ficar “deitado eternamente em berço esplêndido” (à espera que as coisas
aconteçam naturalmente), abdicando do desenvolvimento e tornando-se uma cidade
dormitório (como o é o Crato hoje), onde apenas um restrito grupo de pessoas se
beneficia. Mas, se optarmos por isso, como o poder municipal arranjará dinheiro
até para saldar sua folha de pessoal ???
Urge, pois,
que comecemos a mudar o jogo, via realização de seminários e debates, objetivando
“acordar” os habitantes da cidade no tocante a influencia do seu voto quando da
escolha dos que nos representação nos mais diversos foros .
Em suma: para
nos catapultar do marasmo vigente, educação, política e economia se nos
afiguram como complementares e necessários, porquanto essenciais numa possível
retomada de crescimento.
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Post Scriptum
“Educando o
jovem não será necessário punir o homem” (autor desconhecido).
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