Viva junto à alma mais próxima e compreenda que a
proximidade é a medida da distância. Que a distância que os separa é este
movimento maravilhoso da matéria e da energia. A maravilha é apenas esta surpresa
porque esta proximidade tão diminuta entre os dois é a inesperada distância.
Viva e tente esperar que os padrões, as fórmulas e formas se
apresentem igualmente as conhece. E quando elas se apresentarem examine o quão diferente
são do que se esperava. É que nesta distância, mesmo que diminuta, uma grandeza
de eventos sempre acrescenta algo ao imediato anterior.
Por isso teus conhecimentos dogmáticos perdem os pontos
fundamentais pelo enxame de segundos que os transformam a partir de uma teia
capilar de erros e críticas. Nem apenas essas modificações negativas, mas
contribuições positivas que somam questões novas quando a soledade e a
monotonia já se insinuavam como verdade.
E creia a história não é aquela dos personagens ilustres.
Por isso toneis de elogios se esvaem no asfalto esburacado de uma classe dourando
seus privilégios de serem lembrados. Mas a lembrança está no povo. No coletivo.
Nesta imensa dimensão da proximidade que é distância universal.
Nem imagens coloridas em movimento, grandes e luminosas
edições em papel de alta qualidade conseguem superar a iniquidade da adulação
que permeia a narrativa estabelecida. Apenas toque a tela e verás a eminência
do povo, num desfile sintético, a carregar o corpo de mestre Antonio Aniceto.
Antonio Aniceto com uma enxada e uma flauta de taboca foi a
proximidade maior desta distância que existe para garantir a diversidade do
mundo. Mas uma diversidade que existe para se aproximar, se igualar onde a
terra para se plantar nunca seja por concessão.
Assim como as surpreendentes orações do Papa Francisco a
acabrunhar dogmas.
Então o que se dizer da mais recente declaração do Dalai
Lama: “O que diz respeito às crenças
sociopolíticas, considero-me um marxista. O marxismo é fundado em princípios morais,
enquanto o capitalismo é baseado apenas em ganância e interesse pessoal. O
marxismo está preocupado com as vítimas da exploração imposta por uma minoria.
O fracasso do regime soviético não foi o fracasso do marxismo, mas o fracasso
do totalitarismo.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário