China e Coréia do Sul (lá
do outro lado do mundo) se nos apresentam como dois exemplos emblemáticos do
poder transformador da Educação rumo ao desenvolvimento de uma nação e,
conseqüentemente, da alavancagem de uma melhor condição de vida aos respectivos
povos.
E conseguiram alcançar
tal desiderato só recentemente (há menos de 50 anos), quando seus dirigentes
literalmente “viraram a mesa” ao optarem pela deflagração de uma autentica
revolução no seu dia-a-dia, via direcionamento de uma significativa parcela do
seu PIB (Produto Interno Bruto) para a área educacional. Tanto é que, hoje, são
reconhecidos como potencias mundial e exemplo para as demais nações do planeta.
Portanto diletos, bem-vindos e saudáveis filhos da era do conhecimento.
A reflexão é só para
lembrar que aqui no Brasil temos o Exame Nacional do Ensino Médio-ENEM, que
avalia o conhecimento adquirido dos alunos que concluíram ou estão a concluir o
Ensino Médio; serve como método de entrada em diversas universidades públicas
substituindo seus respectivos vestibulares, através do Sisu; e é utilizado como
critério de avaliação para oferta de bolsas de estudos pelo Governo Federal em
universidades particulares pelo Prouni.
Pois bem, na última
“seleção-prova” realizada pelo ENEM (dias atrás) dos 6.000.000 de candidatos
que participaram, nada menos que 529.000 conseguiram a inacreditável “proeza”
de zerar - tirar “nota 0”, sim senhor - na redação. Atestado inconteste da falência
do modelo que aí está. Uma vergonha, aqui, na China, Coréia do Sul ou qualquer
outra parte do mundo.
Convém ressaltar que
muito antes dessa situação calamitosa se materializar, o Governo Federal já
sinalizava sua preocupação para com o setor educacional, ao batalhar
incessantemente pela alocação dos recursos oriundos da exploração do pré-sal
para o Ministério da Educação.
Para que haja a mudança
desejada, no entanto, temos de partir do pressuposto de que a “chave do
sucesso” está numa varredura completa lá no “ensino médio”: reformando
currículos; investindo pesado na formação de professores; incentivando a
leitura e além do oferecimento de condições materiais que possam motivar a
todos.Trata-se de uma tarefa hercúlea, mas que perfeitamente atingível,
conforme já nos mostraram China e Coréia do Sul.
Só assim, a “tragédia”
ocorrida no exame do ENEM desse ano servirá do tão necessário empuxo para que a
nação ingresse de vez no seleto grupo de nações de primeiro mundo.
Claro que temos tudo
para chegar lá. É só seguir o caminho que China e Coréia do Sul nos apontaram: priorizar
a Educação.
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