Onde fica o texto?
Ao ouvir Mauro Senise junto a Gilzon Peranzzetta, ao som da
música “Choro, porque não”, expresso-me no verbo correto. Mesmo que a
comunicação entre nós e os músicos ocorra além e aquém da cóclea ou do nervo
auditivo.
No vídeo em que tocam juntos os músicos se corrigem e fica
nítido que a centralidade da linguagem na audição.
Mas o texto fica em quais sentidos?
Algo indefinido. Ele é como uma fala interior. Uma história
relembrada ou inventada, um discurso, uma narrativa, uma expressão.
Especialmente interior.
O texto não é apenas visão, oralidade, audição ou tato.
Por analogia ele é sabor. Pode ter um odor. Mas sobretudo é
o nosso encontro silencioso. Quase uma telepatia.
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