Abaixo, trecho da postagem “Bicudos não se beijam” que aqui apomos já há alguns meses, com base na movimentação política à época:
“…dentre
os
diversos senadores e deputados a serem investigados, os presidentes
das duas casas legislativas – Senado e Câmara Federal –
encabeçam a lista, numa prova inconteste de que o principal antro de
safadezas, corrupção e falcatruas ali se encontra; particularmente,
entendemos que não são apenas 300 ou 400 picaretas; do total de 594
parlamentares (513 deputados e 81 senadores) com muito, mas muito
esforço poderíamos livrar a cara de 10% (60
deles) e
olhe lá. Portanto,
chega
de hipocrisia. Há que se achar uma reforma política que obste toda
essa cafajestice
institucionalizada”.
Pois
bem, como
hoje
se
constata, já àquela altura antevíamos a “sacanagem” da qual
seria vítima a nossa Presidenta “Ficha-Limpa” Dilma Rousseff, na
perspectiva de ter que ser “julgada” (sem que tenha havido crime
de
responsabilidade)
via
perpetração de um “golpe parlamentar” ungido
no
ventre de uma
cambada de marginais e bandidos com assento naquelas duas casas
legislativas (foram
367
na Câmara e 55 no Senado);
não deu outra e
o
golpe travestido de impeachment foi aprovado (a
divulgação da “Lista da Odebrecht”, a
posteriori, apenas
confirmou aquilo que todos já sabíamos).
No
entanto, e
que isso fique bem claro, a
deflagração do golpe só
foi possível em razão da não
intervenção de
outros
atores, as
“Excelências” do Supremo Tribunal Federal que, deixando
de lado e
negando sua
condição de “Guardiões
da Constituição”, vergonhosamente
se bandearam,
na
hora em que mais se fazia necessário sua intervenção, para
o lado da ilegalidade e
da ruptura democrática; assim,
num
primeiro momento deixaram
que um confesso mafioso e
réu do próprio STF, comandando
um condomínio
de
corruptos
e ladrões,
anulasse o voto de quase 55 milhões de eleitores e iniciasse
o processo de impeachment; e,
posteriormente, quando se negaram a examinar o “mérito”
de tão
grave
questão
(capaz
de depor
uma Presidenta da República democraticamente eleita),
já que teimaram
em adstringir-se
à questão do “rito processual”, que poderia muito bem ser
decidida por um advogado
de porta de fórum.
Assim,
por
mais estapafúrdio que fosse, preferiram
suas
“Excelências” (na
iminência de um crime histórico) e em
meio a acusações contra quase 200 parlamentares e denúncias contra
os presidentes da Câmara e do Senado, “deitar
cátedra” sobre algo
que
consideraram muito
mais relevante e superlativo, capaz
até de definir o destino da nação: se
se constituía
uma violação à Constituição Federal proibir a entrada, nos
cinemas,
de pipoca e
refrigerantes comprados
em outros estabelecimentos (não,
não se trata de nenhuma piada; é
vero, senhores, acreditem).
Portanto,
queiram
ou não os adeptos do “quanto pior, melhor”, o
GOLPE existiu, sim (e a mídia internacional o denunciou, apesar
do boicote da mídia tupiniquim),
e para que ao
fim obtivesse
êxito contou com a colaboração valiosa da prolixa
turma
de togados do STF.
Coincidentemente,
na mesma ocasião e a toque de caixa (decisão urgente urgentíssima,
vapt-vupt), a Câmara dos Deputados aprovou um superlativo aumento
para todos os integrantes do Poder Judiciário.
Verdadeira
imoralidade, aqui ou alhures.
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