“Best-seller
do New York Times, “No Armário
do Vaticano”
(Editora Objetiva,
2019, 499 páginas) foi lançado
simultaneamente em vinte países. Trata-se
do relato sobre
a corrupção e a
hipocrisia no coração do Vaticano. “POR
TRÁS DA RIGIDEZ HÁ SEMPRE QUALQUER COISA
ESCONDIDA; EM NUMEROSOS
CASOS, UMA VIDA DUPLA”. Ao
pronunciar estas palavras, o papa Francisco tornou
público um
segredo que esta investigação vertiginosa
explora, pela primeira
vez, com grande profundidade.
Com
detalhes escabrosos, imorais e
até então inimagináveis,
“No
Armário do Vaticano” expõe a decadência no coração
do Vaticano
e na Igreja Católica atual. Um trabalho
brilhante baseado em quatro
anos de pesquisas rigorosas,
que inclui entrevistas com dezenas de
cardeais e
encontros com centenas de bispos e padres. O celibato dos
padres, a condenação do uso de contraceptivos, os
inúmeros casos
de abuso sexual, a renúncia do papa Bento
XVI, a misoginia entre os
clérigos, a trama contra o papa
Francisco — todos esses temas
estão envoltos em mistério.
Este livro revela a face oculta
da Igreja, uma instituição
fundada em uma cultura clerical de sigilo e baseada na
vida dupla de
padres e numa extrema homofobia. A
esquizofrenia resultante na Igreja
é difícil de entender:
quanto mais um prelado é homofóbico, mais
é provável
que ele seja gay. É um livro revelador e inquietante”
(sinopse).
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Fato
é que, “No Armário do
Vaticano” é um relato
impressionante sobre os abusos de toda
ordem, a luxúria
,
a hipocrisia, a falsidade, o jogo
sujo e a homossexualidade
desbragada reinante
entre os cardeais do Vaticano
(inclusive “papas”). Por
isso, imperdível.
No
relato, apesar da corajosa
declinação de nomes de
dezenas e
dezenas de padres, bispos, cardeais e até papas
homossexuais, dois
religiosos se
sobressaem devido à
agressividade
e desassombro com que atuam no interior
do próprio Vaticano:
Alfonso López
Trujillo (colombiano) e
o mexicano Marcial Maciel (conservadores,
racistas
, integrantes da extrema direita, eram abertamente a favor
do
grande capital e da exploração dos pobres).
Íntimos
e próximos dos papas Paulo
VI, e João Paulo II
, citados
personagens, aparentemente
homofóbicos, mas na
realidade homossexuais atuantes
e conhecidos na noite de
Roma (ambos
tinham amantes), ainda assim
exerciam
um
certo poder ante os dois papas nominados,
influindo em
algumas das suas decisões.
Enfim,
vale a pena (e muito) se debruçar sobre as 499
páginas do “No
Armário do Vaticano”, até porque nos
permitirá conjecturar sobre
a vida pregressa de certos
“candidatos a santo” do Nordeste do
Brasil, cujos métodos
de ficar rico sem ter fonte de renda em muito
se
assemelham aos métodos usados pela dupla citada (López
Trujillo
e Marcial Maciel, tidos como “demoníacos”).
E
muito importante para tal mister seria que algum
historiador com “H”
maiúsculo se dispusesse a pesquisar
num primeiro momento, com
seriedade e longe dos
holofotes, uma figura que a própria Igreja
Católica, num
passado não tão distante, alcunhou como “charlatão”,
face
o cometimento da farsa grotesca que ficou conhecida como
o
“milagre da hóstia” (milagre esse que se repetiu 83 vezes
ao
longo de dois anos seguidos, com anunciação prévia do
dia e hora).
Um
raio pode cair duas vezes num mesmo lugar ???
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