Acordos políticos sempre contemplam o “longo prazo”, desde tempos imemoriais. Assim, quando, mesmo filiado ao PT, Camilo Santana foi lançado pelos Ferreira Gomes à governança do Estado, implícito estava que a “fatura” lhe seria cobrada bem mais à frente, e a um preço marombado (e ele tinha plena consciência disso).
Eleito e depois reeleito,
passou todo o tempo privilegiando seus padrinhos (os Ferreira Gomes), em
detrimento ao seu partido original (PT).
Eis que agora, compreensivelmente,
na eleição para a prefeitura de Fortaleza o PT decidiu-se por uma candidatura
própria, na pessoa de Luizianne Lins, fiel e aguerrida filiada, até mesmo para
ocupar um espaço próprio (e a militância respondeu à altura).
Mas aí, com base naquele acordo
firmado lá atrás, os Ferreira Gomes apresentaram a tal fatura ao governador do
Estado, cobrando-lhe a determinante presença da “ausência” (física e midiática) no apoio à
candidata do PT e, consequentemente, o apoio ao candidato do PDT.
E foi o que ocorreu. Em nenhum
momento, no decorrer da campanha, o Governador do Estado manifestou qualquer
apoio à candidata do partido (PT), enquanto que aparecia na mídia abraçado com
os Ferreira Gomes e era citado na propaganda eleitoral do oponente (PDT).
Agora, aqui pra nós, alguém
tem alguma dúvida que se fosse apoiada pelo Governador do Estado (e sua poderosíssima
máquina) a candidata do PT provavelmente estaria no segundo turno, no lugar do
candidato dos Ferreira Gomes ???
Nesse interregno, covardemente
a executiva do PT nunca cobrou do Governador do Estado que se manifestasse publicamente
sobre qual o seu candidato, o que não era difícil adivinhar: afinal, o vice, na
chapa do oponente, foi uma espécie de “doação” do Governador, (filiado ao PT,
convém lembrar) ao PDT (dos Ferreira Gomes), representada pelo seu Chefe da
Casa Civil.
Pra completar, depois que sua
candidata “sobrou na curva”, após sofrer uma campanha difamatória violenta e
virulenta por parte do seu oponente, eis que a executiva do PT se reúne e,
literalmente, se joga no colo dos Ferreira Gomes, endossando assim tudo o que
foi assacado contra ela, e formalizando o apoio do partido ao candidato deles (e
aí a covardia será “premiada” com mais oito anos de chibata, pra ver se
aprendem).
Afinal, o normal e natural
seria que a executiva petista não formalizasse qualquer apoio ao candidato dos
Ferreira Gomes, delegando aos seus adeptos e militância a tomada de decisão
individual sobre em quem votar no segundo turno, até porque o capitão-candidato
do Bozo não terá a mínima chance de vitória (só se uma onda de bestialidade irrefreável
se apossar do nosso povo).
Alfim, não poderíamos deixar
de manifestar nossa sentida e profunda decepção com a vereadora que sufragamos
na eleição passada e nesta: Larissa Gaspar, que deixou de solidarizar-se ante à
sujeirada compressora imposta a Luizianne Lins. Triste.
Quando ao senhor Camilo
Santana, está com o futuro garantido: além da aposentadoria como governador, deverá
ser lançado ao Senado Federal, em 2022, pelos Ferreira Gomes, no lugar do Tasso
Jereissati (os Ferreira Gomes vão enterrar o arrogante galego, de vez).
Particularmente, por convicção
nunca votamos e jamais o faremos, nos Ferreira Gomes e Jereissatis da vida. Assim,
vamos fazer o que nunca pensamos ou admitimos: ANULAR O VOTO.
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