MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – José Nilton Mariano Saraiva
Independentemente do viés capitalista/socialista, durante muitos anos, nos mais diversos países do planeta Terra, o desenvolvimento econômico, decorrente da Revolução Industrial, sobrepôs-se e impediu que os problemas ambientais fossem considerados seriamente, como deveriam.
A poluição e os negativos impactos ambientais do desenvolvimento desordenado eram visíveis (já então), mas, ante os “benefícios” (???) proporcionados pelo progresso, eram irresponsavelmente justificados como um “mal necessário” e algo com que deveríamos conviver e nos resignar, para sempre.
Nos dias atuais, após a descoberta da camada de ozônio, do efeito estufa e do perigoso aquecimento global, a racionalidade parece ter sido posta em prática, e o conceito mudou radicalmente; assim, proteger o meio ambiente não significa impedir o progresso, bem como não se pode admitir um desenvolvimento predatório e insustentável.
Ante tal constatação, governos de todo o mundo reconhecem ser fundamental a conscientização coletiva da necessidade de se promover o desenvolvimento em harmonia com o meio ambiente, na procura de uma vida saudável e duradoura.
Para tanto, é por demais louvável a ideia de defesa intransigente da adoção do desenvolvimento sustentável, que tomou corpo e cresceu assustadoramente nas últimas décadas, norteando a ação dos órgãos públicos encarregados da defesa do meio ambiente, em todo o mundo.
No caso do Brasil, especificamente, a própria Constituição Federal estabelece que todos têm direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, porquanto é o homem, o ser humano, a pessoa, não só como indivíduo mas como humanidade e como sujeito, a razão direta e prioritária do benefício de um meio ambiente sadio e autossustentável.
Pena que no atual governo isso tenha sido deixado de lado, daí hoje o Brasil não ser visto com bons olhos pela comunidade internacional, tendo em vista as criminosas e recorrentes queimadas e o agressivo desmatamento verificados na Amazônia e no Planalto Central do país (Pantanal), por parte de inescrupulosos empresários descompromissados com o país (sem que as autoridades ditas competentes tomem as devidas providências).
Eis que hoje (23.04.21), ao participar de uma reunião de líderes mundiais para tratar sobre medidas a serem tomadas visando preservar o meio ambiente, o “traste” que desgraçadamente nos governa, ao mendigar ajuda financeira para tal mister, mentiu despudoradamente ao afirmar... “determinei o fortalecimento dos órgãos ambientais, duplicando recursos para ações de fiscalização”.
Ao sair dali, sem a menor cerimônia e por trás das cortinas, autorizou um corte de duzentos e quarenta milhões de reais na pasta do Meio Ambiente.
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