Um quintal exuberante.Muro coberto de "simpatia", um pé de abacate, canteiros de ervas, coqueiros, a beleza de uma velha laranjeira, e acácias...folhas de acácias, soltas no terreiro!
Ayloã, acomodada numa rêde, abre o livro de memórias, e, num só fôlego, lê os primeiras registros, e mergulha na vida de Sauska.
Agosto 1951/58
Nasci na Rua das Laranjeiras.
Aos dois anos de idade, minha família mudou-se para a Rua da Pedra Lavrada, e lá ficamos por 5 longos, breves anos!
Rotina diária:
O relógio da Matriz, badala de meia, em meia hora...Ainda madrugada, a casa acorda."O belo Antonio", com pouco mais de 60 anos, acende o fogo de lenha, e "passa" o primeiro café: quente e forte! Ferve o leite e com arrozina faz o mingau das meninas: Sauska e Mônica. Dá uma espiadela em Santana, que já desperta, reza o rosário da Imaculada Conceição, enquanto clareia o dia... São cinco terços e uma série de ladainhas.Na sequência, passa o lenheiro, o padeiro, o leiteiro e o verdureiro.
-Olha o pequi... a banana prata... o cheiro verde... a massa puba... e a cana caiana!
Chegam as mulheres da Batateira que por uns tostôes ajudam na lida da casa...São todas comadres: Joaquina, Rosa e Joana.
Uma lava os pinicos; outra assume o pilão, e a outra varre o chão - nêle dá uma aguada pois teto sem fôrro e piso de tijolos não dispensam vassoura de palha e água pra assentar a poeira.
Seu Antonio é quem cuida da carne. Mata e trata a galinha; prepara o torresmo, a buchada, a linguiça, o sarapatel, o fígado, e até o chouriço...Ninguém sabe fazer do seu jeito, nem melhor!
Santana é a senhora dos doces em tachos de bronze; dos biscoitos de goma em palha de banana; dos sequilhos, brevidades...
A casa, completamente musical.
Seu Antonio assovia "Delicado"; Alf canta "Renúncia" de Roberto Martins;Teresa com voz de soprano, no banho de cuia, interpreta "Babalu"; Santana canta - enquanto cata arroz na arupemba-"Perdão, Emília"; Nora, embalando as filhas, solfeja uma canção de ninar... " Boi, Boi, boi...Boi do Piauí..."; Lourdes canta Linda Batista, e espera o carteiro chegar; Joana no tanque, lembra em toda altura, um sucesso de Cauby..."Conceição"; Francisco na sanfona de madrepérola, executa
Chico Viola em " Cinco letras que choram"; no rádio de pilhas: a novela de rádio, a voz do Brasil, o jôgo de futebol e o programa de auditório; na amplificadora de rua: A lenda do Beijo e o Guarani!
Nas calçadas, brinquedos e folguedos: cantigas de roda, patinetes, velocípedes, pula-corda, pião, bola de gude, chibiu, bruxas de pano,bonecas que andam, baladeiras, cabra-cega, cinturão-queimado, a brincadeira do anel, esconde-esconde...
Todos saltitantes...
Ciranda,cirandinha...
O meu chapéu tem três pontas
Noite fria, tão fria de junho...
O Natal já vem, vem, vem vem...
E assim o tempo passa, os velhos morrem, e a gente cresce!
Em
Pedro Felício Cavalcante, do Banco Caxeiral era o Presidente. Minha tia fazia os pastéis... sequinhos, recheados com carne de porco e azeitona.Havia o baile tradicional, que por ser criança, eu nunca fui!
Telma Saraiva era a fotógrafa oficial de todas as famílias.
Décio Cartaxo, Ossian Araripe e Jose Horácio Pequeno fôram os Prefeitos da época pelo partido do velho Filemon Teles: a UDN!
Era engraçada a época das eleições. O povo brigava na política. Família e amigos se estranhavam...Ou você era udenista ou pessedista.Na minha própria casa, os votos eram divididos e, a partir dessa divisão, convivi com muitos conflitos. Besteira, esta paixão política, que alterava os ânimos, provocava brigas, e até intrigas!
Em
"Eu vou, eu vou...pra casa agora eu vou!" Um desenho animado de Walt Disney.
Em 1956 morre o Belo Antonio, de aneurisma.Foi um dia de juízo.Ele era amado demais.Com ele fôram-se as balas de mel com umburana, os tostões para comprar perulitos...Partia o mais habilidoso artesão da região.Na hora do entêrro, alguém levou a criançada para brincar no Parque municipal... Calada, catei carrapêtas, nos pés de eucaliptus...Naquele dia eu perdi a meninice !Minha casa perdeu a música, o cheiro de rapé, os latidos de Tupã, e os vestidos coloridos de Santana.No guarda-roupa de cedro, os seus ternos! Caqui era a sua cor favorita!
Quem passou a consertar o relógio da Praça da Estação, a fazer bolas
de bilhar para o Bar Ideal, a fazer com folhas de flandre mil objetos artísticos ou utilitários ...? Isso eu nunca soube!
Alfredo assumiu a chefia da família.Entrou
A velha vitrola ficou muda...Nenhum samba canção. Quando a música me fazia falta, eu cantarolava no quintal e chorava muitas vezes, com razão ou sem razão.
Ô jardineira, por que estás tão triste/Mas o que foi que te aconteceu...
A vida não tinha conseguido quebrar o meu rádio de pilhas!
Em 1958, dois anos depois, estávamos morando numa casa de sobrado, no bairro do Pimenta.Quase que deserto, na época.Além da nossa , apenas umas três ou quatro casas. Mas tinha o Tênis Clube por perto. Manhãs de domingo. Partilhávamos das matinais dançantes...De olhos fechados dancei bolero, tango, dancei mambo...Mambo Espanha!
Meu mundo encantado de sonhos e poesias se descortinara...Era a síndrome de Cinderela...e eu tinha apenas sete anos!
Na década de 1950, pensou Ayloã, o mundo ainda temia as guerras. Hoje é Sete de Setembro. Escuto o ruflar de tambores...O povo brinca de desfiles militares e nisso não vejo nenhuma graça. Prefiro acreditar que a terceira guerra mundial, acontece no coração da gente, no dia a dia...e a paz reina, concomitantemente!
Em tempos passados, a gente já sabia quando a manhã terminava, quem ganhara o primeiro lugar no desfile: O Estadual ou o Diocesano? E a baliza? Quem era a garota mais bonita?
Não sei o que fazer das noites...Se Dihelson, Abidoral, Salatiel, Cleivan, e outros...tocassem pra gente ouvir, a gente desligaria os botões da Globo!
Dona Cândida voltou...Trouxe fragmentos de palmas de carnaúba, no seu matulão.
Os antigos estão todos partindo...
Muita terra improdutiva...mais ainda adoçada com o mel do caju!
Ela nos disse que reviu as brenhas da fazenda onde nasceu...Que matou as saudades até da sombra do pé de juá!
Hoje é sábado, dia 07 de setembro.A casa está semi-acordada.Deusa e Ayloã estiveram na night cratense...
"Los the os" tocou na " Casa de Taipa".Um som mix de todos os tempos.E o que mais agrada são as velhas músicas de Roberto Carlos e dos Beatles. Isso, considerando o gosto da mais velha.Que já passou das cinquenta primaveras.Na multidão, aqui e acolá, um brilho de prata, salpica o cabelo da moçada.
No mais, a geração é Deusa.Da menina que gosta de badalação.Toma todas, e estica a noite, em busca de emoção.Nem sei se acha.O fato é que sorri de tudo, e chora de tudo também.Parece que o riso e o chôro vivem em alternância no coração da gente, mas nem todos conseguem expressar , tão naturalmente...
Ayloã, se recolhe cedo. Queria um bar jazista, uma pista de dança,poemas em guardanapos, pessoas interessantes...Não é que elas não existam...mas se escondem, se espalham, se deslocam ou dormem nas estrelas, em pontos do infinito!
(podem continuar no campo "comentários")
14 comentários:
A cozinha de Dona Cãndida é a sala de visita dos íntimos.O cheiro de café está sempre no ar... um dos preferidos de todos!(Só perde pro cheiro de chuva, e empata com o do jasmim). Como boa piauiense,ela prepara a massa dos "bufetes", enquanto rola a prosa , depois da sesta. Todo mundo tem sempre algo pra contar...O assunto de hoje foi "Renan Calheiros".Indignados estavam ,com os votos de abstenção."Covardes"... Dizia a intrépida Deusa !Mas o povo, se liga mais na própria rotina do que na política...Embora não sejam cem por cento alienados!
De instante, em instante,alguém toca a campainha, ou o telefone chama.Deusa está sempre pendurada no celular, ou ligada na internet... Se duvidar ,tem até namorado virtual!
Nos intervalos do dia, ela corre pra folhear os escritos de Sauska.
A leitura já alcançou a década de 60...
Deusa e Ayloan, jogam ping pong com as memórias de Sauska...Devassam os seus segredos!
Salatiel: neste conto a mil mãos existem dois códigos paralelos ao mesmo tempo. Um que Socorro Moreira como referência a todos outros tem e um outro, que salvo engano, eu tenho. O código primeiro é para entendidos da corda que o Cariri cultua e desenrolou em tantos anos, como referência os mais remotos anos 50. O código segundo é para quem menos pronuncia todos os personagens, mas conhece todas as manhas e as manhãs desta vida que acorda todo dia com inteiro ar de surpresa. Acorda como a primeira das manhãs no mesmo espaço e no mesmo território. A sua desembalada memória passa na minha cabeça como se o tempo estivesse acontecendo agora mesmo. Fiquei com a convicção que não se tratam nem mesmo de memórias, são como uma espécie de anulação completa da flexa do tempo. Acontecem hoje como a primeira manhã. Isso é que é manha.
Abraços
José do Vale Pinheiro Feitosa
1960 a 1970
Juscelino Kubitschek é o Presidente da República.Inventa Brasília, e o Rio deixa de ser a Capital do Distrito Federal. Copacabana agora... é só dos nossos sonhos, e dos boêmios cariocas!
Década em que deixei de fazer roupas de bonecas ; de ler estórias da Carochinha ; de levar lancheira pra escola; de ganhar bombons do Pe.Frederico, no Instituto São Vicente Férrer; de dançar a quadrilha gritada por Zenira Cardoso;de soltar balão, chuvinha e cebolinha, na calçada; de brincar de roda, só de combinação!
De ler romances, em voz alta, para minha avó Santana; assistir novelas de rádio;participar de programas de auditório, na Educadora... ( subir aquela rampa era pura magia!);dançar nas tertúlias da Pedro II;ouvir as serenatas de Peixoto , Zé Flávio; ouvir "Saxofone , por que choras" com o grande H,Benício;usar mini-saias, laquê no cabelo, e passar baton com gôsto de caramelo, café com leite ou hortelã; "aprender" latim com Vieirinha;Ciências com Ivone Pequeno;história com Alderico Damasceno;Química com Pe Davi;Geografia com José do Vale Feitosa;Desenho com Dr.José Nilo...etc,etc,etc!
Me apaixonava, platônicamente, todos os dias...pelos primos, colegas de classe, e vizinhos! Não perdia a Pça Siqueira Campos, nos dias de domingo( estreava vestido novo , quando podia!);levei lanche pra assistir "Os Dez Mandamentos", no Cine Moderno;colecionei álbum de figurinhas dos artistas de cinema;flertei, indefinidamente, com o garoto dos meus sonhos, sem a menor esperança, de ser namôro...um dia!
Senti a alegria do primeiro clarão de Paulo Afonso, e a invasão dos eletro-domésticos, em nossas casas! Ai,ai...o fim da "muriçoca"...Foi genial!
Li revistas em quadrinho... Luluzinha, Bolinha, Capricho, Ilusão e Destino; comprei discos da Jovem Guarda; pedi música ,no Programa de Rádio de Heron Aquino...
(Sou feliz/no trem que parte para o interior/feliz.../porque comigo vai, o meu amor/ e o trem.../ só chega quando o dia amanhecer...")
E chegava mesmo, em Fortaleza!
A gente viajava pra ver o mar, fazer exame de vistas, comprar o óculos, comer cachorro-quente, e tomar "Grapette"!
Criança, adolescente, mulher e mãe,
numa única década...inocente e abruptamente!
Ufa! Essa Sauska era meia surtada...pensou Ayloã!Deve ter namorado com marxistas, feito política estudantil,curtido Rita Pavone,e chorado, como uma desmamada , quando assistiu "Candelabro Italiano".
Não parece bem o tipo "Garota Papo Firme" que o Roberto falou...Tem um jeitão de "Menina Feia", "Coruja",e de quem jamais usou o "Biquini de Bolinha Amarelinho", que Ana Maria, ousou!
E Deusa ainda completou:
Sendo filha de Dona Cândida, aposto que fez a primeira comunhão aos sete anos;crismou-se aos 14; não perdeu uma primeira sexta-feira dos mês, nem missa aos domingos; rezou o terço em família, todos os dias; casou virgem; não tomou anti-concepcional ( Teve os filhos, que Deus quis?),e viveu todos os seus jovens anos, sem usar roupa sem manga, sem fazer as sobrancelhas, e sem pintar as unhas de vermelho.
Ei, ei...o velho pensamento judaico-cristão: pagar um lugar no céu com jaculatórias, e sofrimentos! Os pecados mortais, os tabus, e o medo doloroso do purgatório,e do fogo eterno do inferno...Cruz , credo!
Mas,olha o retratinho...Não era exatamente feia.Era até engraçadinha!
1960 a 1970
Juscelino Kubitschek é o Presidente da República.Inventa Brasília, e o Rio deixa de ser a Capital do Distrito Federal. Copacabana agora... é só dos nossos sonhos, e dos boêmios cariocas!
Década em que deixei de fazer roupas de bonecas ; de ler estórias da Carochinha ; de levar lancheira pra escola; de ganhar bombons do Pe.Frederico, no Instituto São Vicente Férrer; de dançar a quadrilha gritada por Zenira Cardoso;de soltar balão, chuvinha e cebolinha, na calçada; de brincar de roda, só de combinação!
De ler romances, em voz alta, para minha avó Santana; assistir novelas de rádio;participar de programas de auditório, na Educadora ( subir aquela rampa ...era pura magia!);dançar nas tertúlias da Pedro II;ouvir as serenatas de Peixoto e Zé Flávio;usar mini-saias, laquê no cabelo, e passar baton com gôsto de caramelo, café com leite ou hortelã; "aprender" latim com Vieirinha;Ciênias com Ivone Pequeno;história com Alderico Damasceno;Química com Pe Davi;Geografia com José do Vale Feitosa;Desenho com Dr.José Nilo...etc,etc,etc!
Me apaixonava, platônicamente, todos os dias...pelos primos, colegas de classe, e vizinhos! Não perdia a Pça Siqueira Camps, nos dias de domingo;levei lanche pra assistir "Os Dez Mandamentos", no Cine Moderno;colecionei álbum de figurinhas dos artistas de cinema;flertei, indefinidamente, com o garoto dos meus sonhos, sem a menor esperança, de ser namôro...um dia!
Senti a alegria do primeiro clarão de Paulo Afonso, e a invasão dos eletro-domésticos, em nossas casas! Ai,ai...o fim da "muriçoca"...Foi genial!
Li revistas em quadrinho...Capricho, Ilusão e Destino; comprei discos da Jovem Guarda; pedi música ,no Programa de Rádio de Heron Aquino...
(Sou feliz/no trem que parte para o interior/feliz.../porque comigo vai, o meu amor/ e o trem.../ só chega quando o dia amanhecer...")
E chegava mesmo, em Fortaleza!
A gente viajava pra ver o mar, fazer exame de vistas, comprar o óculos, comer cachorro-quente, e tomar Grapette"!
Criança, adolescente, mulher e mãe,
numa única década...inocente e abruptamente!
Salatiel...Olha essa poluição...indeletável, por falta de técnica! Se conseguir apagar, faça isso, por obséquio! risos.
Sempre que se detem no passado, Ay fica absorta, na análise do homem ,no tempo.
A gente não é senhora do destino.Ninguém escolhe,não usa o livre arbítrio, nos fatos essenciais da vida:origem, amor,casamento, profissão e morte!
Fv retificar: sombrancelhas, ao invés de sobrancelhas.
Crato (1968)
Amei aos 16 anos um jovem maxista dialético.Corri na biblioteca da Faculdade de Filosofia, pra locar "O CAPITAL" de C.Marx.Um livro filosófico, chato e complicado para minha cabeçinha de nuvens cor-de-rosa.Procurei saber o que era "mais valia"...E me encuquei deveras, sem entender por que a Igreja condenava a igualdade para todos.As figuras mais lindas, sensíveis e humanas que eu conhecia estavam infectadas da suspeita de serem "comunistas"!
Calava cada pensamento, mas torcia pela liberdade dos expatriados, do povo com sede de justiça e de liberdade.Na minha escola esse assunto era condenado.Eu sabia, no fundo do meu coração, que homens como Miguel Arraes, Sílmia Sobreira,Dom Hélder Câmara não poderiam ser estigmatizados...Eram meus ídolos!Prótotipos de seres humanos, nos quais , eu me espelharia.Mas a gente morria de medo de dizer o que sentia...
Meu Diretor , José Newton Alves de Souza era um homem culto e sábio.Apostava no caminho do meio...No, nem tanto o mar, nem tanto a Terra...Dizia-nos que, o capitalismo gerava o egoísmo; que o comunismo, esmagava o indivíduo...Mas nunca proferiu um veridicto...Admirava-o pelo não radicalismo! Claro que nos ajudou, mesmo sendo pressupostamente de direita...Na realidade era um democrata cristão,apolítico, mas filosófico!Um homem de caráter
inibalável!
Será que o Crato tem consciência do quanto deve aaquele Educador?
Tornei-me aos 16 anos, professora de Matemática,talvez pela pressa de equacionar a minha própria vida,de vivê-la insaciavelmente, até encontrar todas as essências!
Mas, volto a falar de Ênio.Um homem de cabelos e bigodes negroazulado , olhos de hortelã, e voz embargada de ternura.Como não me apaixonar, quando cantou, no meu ouvido..."Love is a many splendor thing"?
Nos correspondemos, diariamente por um período de um ano.Depois , ele foi preso, minhas cartas fôram censuradas...e nos afastamos! Ele encontrara Mirna.A companheira certa...uma pré woodstokiana, que não tinha os tabus da época , e os velhos preconceitos, que enfeiavam a maioria das mulheres! Bem feito para mim, que não estava pronta!
Ainda sonho com um beijo, que nunca passou do desejo...
Arrepiava-me , quando me chamava de "baixinha", e deixava um beijo, no final das cartas..."do teu"!
Ensinou-me a gostar de Paulo Moura,Nelson Cavaquinho,Cartola, Sidney Miller, músicas clássicas, latinas...e jazz!
Presenteou-me com Adélia Prado, Cecília, Clarice e Florbella...
Disse-me que seu destino era o Rio;e que o era Londres! Sabia que existia em mim, uma alminha aventureira, dentro dos meus olhos grandes , de sonhos!
Casei-me surpreendentemente, no final do ano de 1969 com o primeiro, que me pediu em casamento.
Era bom caráter,sincero, amigo...Ainda bem que Deus o escolheu para ser pai dos meus filhos!
Ops* marxista, ao invés de maxista.
*ops
"disse-me que o seu destino era o Rio; e que o meu era Londres"
Corrigir!
"Love is a many splendored thing"
Corrigir!
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