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terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Opus Gay - O Retorno

02/12/2008 - 13h37
Militantes e mídia criticam Vaticano por rejeitar descriminalização da homossexualidade
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da Reuters, no Vaticano

Grupos defensores dos direitos gays e jornais criticaram, nesta terça-feira, o Vaticano pela decisão de se opor à proposta de resolução da ONU (Organização das Nações Unidas) que insta os governos de todo o mundo a descriminalizar a homossexualidade.
Essa reação aconteceu depois de o observador permanente do Vaticano na ONU, arcebispo Celestino Migliore, anunciou a decisão de se opor à resolução proposta pela França em uma agência de notícias católica francesa.
Migliore disse que a resolução iria "acrescentar novas categorias àquelas protegidas da discriminação" e poderia levar à discriminação contra o casamento tradicional heterossexual. "Se adotadas, elas criariam novas e implacáveis discriminações." "Por exemplo, Estados que não reconhecem uniões do mesmo sexo como "matrimônio' serão punidos e colocados sob pressão", concluiu Migliore.
Repercussão
O editorial do jornal italiano "La Stampa" desta terça-feira disse que a argumentação do Vaticano era "grotesca". Assinalando que a homossexualidade ainda é punível com a morte em alguns países islâmicos, o editorial disse que o Vaticano temia na verdade uma "reação em cadeia em favor de uniões homossexuais reconhecidas em países, como a Itália, onde não há legislação sobre o assunto".
Franco Grillini, fundador e presidente honorário da Arcigay, principal grupo italiano de direitos gays, disse que os argumentos são indício de "idiotice total e loucura". "A resolução francesa, apoiada por todos os 27 países da União Européia, não tem nada a ver com casamento gay. Ela é sobre o fim das prisões e da pena de morte para homossexuais", disse Grillini.
O jornal esquerdista de Roma, "La Repubblica", disse que os argumentos do Vaticano deixam qualquer um "sem palavras". Margherita Boniver, líder do esquerdista Partido Democrático, chamou a posição da Santa Sé de "alarmantemente anacrônica". Grillini, o ativista dos direitos dos gays, disse que temia outra "Santa Aliança" entre o Vaticano e Estados islâmicos nas Nações Unidas para se opor à resolução.
Essa resolução será apresentada pela secretária de Estado da França para os Direitos Humanos, Rama Yade, ainda neste mês. Grupos de direitos humanos argumentam que a homossexualidade ainda é punível pelas leis em mais de 85 países e pode levar à pena de morte em outros, como Afeganistão, Irã, Arábia Saudita, Sudão e Iêmen.
Maioria
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que "ninguém quer pena de morte ou prisão para homossexuais", mas defendeu Migliore, acrescentando que o Vaticano estava com a maioria neste assunto. "Não foi sem motivos que menos de 50 Estados-membros das Nações Unidas aderiram à proposta em questão, enquanto mais de 50 países não aderiram. A Santa Sé não está sozinha", disse Lombardi.
Na conferência da ONU sobre a Família, em 2004 no Cairo, o Vaticano uniu-se a países islâmicos e da América Latina para derrotar uma proposta sobre o direito ao aborto.

Folha On Line
02/12/08

2 comentários:

Armando Rafael disse...

Ah! O velho ódio cumulativo e irracional... Ele volta sempre. A uma simples notícia ressurge como fogo em monturo. Essa gente semeia ódio, alimenta o fundamentalismo ideológico laico igualmente irracional e antidemocrático. Justo os que tanta falam (da boca prá fora) em democracia...
Agora chegou a vez de caluniar o Opus Dei...

Mas o que dizem os fatos? E por que esse empenho tão feroz e sistemático em buscar desmoralizar tudo que se refere à crença religiosa das pessoas?

Aos fatos:

1 – O QUE É O OPUS DEI?

Trata-se de uma instituição universalmente conhecida, estimada por milhares de pessoas das mais diversas procedências e condições sociais. O Opus Dei é uma organização católica internacional de leigos, a que também pertencem sacerdotes seculares (uma exígua minoria em comparação com o total de sócios). O Opus Dei publica um boletim oficial, mantém um site na internet (www.opusdei.org.br )e um Escritório de Informação. Seus diretores são pessoas conhecidas, e seus nomes constam no boletim oficial da Prelazia. Trabalha em 62 países, tem 3.800 sacerdotes e 85.000 leigos. A finalidade do Opus Dei é contribuir para a missão evangelizadora da Igreja, promovendo, entre fiéis cristãos de todas as condições, uma vida plenamente coerente com a fé nas circunstâncias correntes da existência humana, e especialmente por meio da santificação do trabalho. Seus sócios são pessoas que vivem no mundo e nele exercem a sua profissão ou ofício. Não mudam de estado — continuam a ser solteiros, casados, viúvos ou sacerdotes —, mas procuram servir a Deus e aos outros homens dentro do seu próprio estado. O Opus Dei não está interessado em votos ou promessas; o que pede aos seus sócios é que, no meio das deficiências e erros próprios de toda a vida humana, se esforcem por praticar as virtudes humanas e cristãs, sabendo-se filhos de Deus.
Ou seja, o Opus Dei tem por fim promover entre pessoas de todas as classes da sociedade o desejo da plenitude da vida cristã no meio do mundo. Quer dizer, o Opus Dei pretende ajudar as pessoas que vivem no mundo — o homem vulgar, o homem da rua — a levar uma vida plenamente cristã, sem modificar seu modo normal de vida, nem seu trabalho ordinário, nem suas aspirações e anseios.

jflavio disse...

Vc tem toda razão, meu caro, concordo em gênero e número com vc, esta gente semeia o ódio...