Nunca consegui guardar um livro especial.
Vendia-o no sebo mais próximo -
ou distante.
E com a grana ia beber e fumar.
A relíquia sempre foi o impalpável.
As ideias, as imagens, os sentimentos -
e hoje que não me suicido
para onde foram todos os livros.
Sinto falta de Fernando Pessoa,
Neruda e Baudelaire.
Engraçado -
não me lembro agora
deles nenhum poema.
3 comentários:
Socorro Moreira disse...
As impressões que a vida nos imprime , misturam-se e fazem a receita de um bolo delicado , que além de matar a nossa fome , nos delicia.
Abraços domingueiros.
Domingos,
Gosto desta sua faceta mais intimista, onde você se revela nos hábitos cotidianos.
Gosto de passear pelos versoa e sentir a essência das palavras.
Gostei mesmo!
Abraço,
Claude
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