TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 14 de julho de 2009

Para não dizer que não falei de azul

Azul,
Nem céu ou perturbado,
Firmamento e assustado.

Na origem,
Uma linda pedra chamada
Lápis-lázuli.

Nem era isso,
É que as nódoas da roupa,
Se vão com o anil.

E esta tosse obstrutiva,
Cianose por batom,
Cianamida com força vermicida.

Adversário,
Nas lutas amazônicas,
Desfilados bois rubros de sucesso.

Meus sonhos são azuis,
Um japonês hibridou uma rosa azul,
O Egeu é azul.

E este azul é só meu,
É crítico entre o verde e o violeta,
Fui eu quem descobriu este azul.

Feito Colombo,
As Américas,
O gringo no samba,
Um brasileiro no Louvre,
Um papa na África.

Este azul é só meu.
Esteta nos galhos da ibiraobi
Deste cinza no lombo do boi.

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