Dizem que os psicopatas representam tão profundamente os seus próprios interesses que manipulam as pessoas como apenas peças inanimadas de um jogo. Até tenho dificuldade de pensar diferente, pegar uma filigrana que demonstre que nem sempre isso seja verdade. E não sendo sempre verdade, a primeira frase não poderia ser dita.
A primeira filigrana da frase é que se pensam nas pessoas como meros atores num ato previamente ensaiado; ou seja, peças inanimadas do enredo, compreenda-se que na representação sempre haverá o toque pessoal. O improviso, a recriação, uma fala do contexto social daquele momento da representação.
A tragédia grega e o teatro quinhentista de Shakespeare chegam entre nós com uma Medéia e uma Família Tudor que falam deste tempo e do espaço de agora. Imediatamente haverá uma ponte animada com o cotidiano da platéia. Ninguém manipula seres animados, pois é de sua natureza animar-se em afirmativas e negativas e ambas sujeitam o ato manipulador.
Feiticeiros são como chamas de vela. Se consumem rapidamente. O resultado do feitiço transforma a própria prática da feitiçaria. Um feitiço realizado é uma realidade que já contextualiza o feitiço à luz do tempo e do domínio público.
Não existe um detentor permanente do poder de manipular, já que este poder é induzido pelo objeto supostamente a ser manipulado. E nesta inversão, ocorre uma troca de anterioridade e posterioridade, a manipulação passa a suceder o objeto manipulável. Ou seja, este objeto é quem determina a natureza da manipulação.
Quando o Papa faz sua oração “Urbi et Orbe” não mais do que levanta o manifesto de Roma e do Mundo. O conteúdo desta oração não se encontra meramente nas escrituras, nos discursos de toda santidade ou nas doutrinas que pretendem aprisionar períodos de milhares de pessoas. O conteúdo só pode ser o sopro da humanidade diante deste presente que conclui, do passado revisto e do futuro diferente.
O certo é que não há possibilidade de se transformar em texto esta dinâmica do contexto. Digo texto como aquele formato definitivo e realizado. E falo no contexto como aquele movimento fractal das nuvens que podem obedecer a geometria euclidiana, as formas aleatórias ou uma forma de mensuração complexa. Toda possibilidade de que ninguém, nenhum ser exista que agindo no contexto do mundo o tenha em qualquer natureza a partícula “omni- ou oni-“. Seja como antepositivo à potência, presença ou ciência.
E fico imaginando o nosso Pai nordestino. A serviço das nossas angústias, dos nossos males, da nossa miséria. A serviço de nossas necessidades. Um pai prestador de assistência aos seus filhos no irregular da superfície do mundo. E que poder é este? Apenas o despacho dos desejos variados do povo. O seu poder é realizá-lo, portanto dependente de um poder anterior e maior: as necessidades humanas.
A primeira filigrana da frase é que se pensam nas pessoas como meros atores num ato previamente ensaiado; ou seja, peças inanimadas do enredo, compreenda-se que na representação sempre haverá o toque pessoal. O improviso, a recriação, uma fala do contexto social daquele momento da representação.
A tragédia grega e o teatro quinhentista de Shakespeare chegam entre nós com uma Medéia e uma Família Tudor que falam deste tempo e do espaço de agora. Imediatamente haverá uma ponte animada com o cotidiano da platéia. Ninguém manipula seres animados, pois é de sua natureza animar-se em afirmativas e negativas e ambas sujeitam o ato manipulador.
Feiticeiros são como chamas de vela. Se consumem rapidamente. O resultado do feitiço transforma a própria prática da feitiçaria. Um feitiço realizado é uma realidade que já contextualiza o feitiço à luz do tempo e do domínio público.
Não existe um detentor permanente do poder de manipular, já que este poder é induzido pelo objeto supostamente a ser manipulado. E nesta inversão, ocorre uma troca de anterioridade e posterioridade, a manipulação passa a suceder o objeto manipulável. Ou seja, este objeto é quem determina a natureza da manipulação.
Quando o Papa faz sua oração “Urbi et Orbe” não mais do que levanta o manifesto de Roma e do Mundo. O conteúdo desta oração não se encontra meramente nas escrituras, nos discursos de toda santidade ou nas doutrinas que pretendem aprisionar períodos de milhares de pessoas. O conteúdo só pode ser o sopro da humanidade diante deste presente que conclui, do passado revisto e do futuro diferente.
O certo é que não há possibilidade de se transformar em texto esta dinâmica do contexto. Digo texto como aquele formato definitivo e realizado. E falo no contexto como aquele movimento fractal das nuvens que podem obedecer a geometria euclidiana, as formas aleatórias ou uma forma de mensuração complexa. Toda possibilidade de que ninguém, nenhum ser exista que agindo no contexto do mundo o tenha em qualquer natureza a partícula “omni- ou oni-“. Seja como antepositivo à potência, presença ou ciência.
E fico imaginando o nosso Pai nordestino. A serviço das nossas angústias, dos nossos males, da nossa miséria. A serviço de nossas necessidades. Um pai prestador de assistência aos seus filhos no irregular da superfície do mundo. E que poder é este? Apenas o despacho dos desejos variados do povo. O seu poder é realizá-lo, portanto dependente de um poder anterior e maior: as necessidades humanas.
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