TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009


Tudo bem então:
Eu invento o vento.
Só não me peça pra dizer
que eu gostei do filme.
Só não me peça pra dizer
que entendi a peça.
Só não me peça pra dizer
que existe tempo ainda.
Só não me peça pra
emprestar meu ombro magro
pra esse choro de última hora.
Só não me peça pra dizer
que estava lá na hora.
Só não me peça pra jurar
esse amor, que nem sei se cheira
que nem sei as horas
que não sei o nome.
Tudo bem então:
Desinvente o vento.

4 comentários:

Dihelson Mendonça disse...

Que Maravilha, Lupeu!

Você sempre me surpreende pela variedade de temas e abordagens. Gostei bastante desta e vou "roubar" lá para o Blog do Crato. Esse é o tipo da poesia que nos faz feliz. E a Arte possui também essa finalidade, de fazer as pessoas felizes.

Abraços,

Feliz Natal, Maestro!

DM

Lupeu Lacerda disse...

valeu maestro
mi casa tu casa
mi poesia tu poesia
e que a arte nos torne
seres que se aceitam
e se gostam
(mesmo uns gostando de caqui e outros de manga)
um grande e fraternal abraço
com a melodia do vento nos pés de pequi.

Maurício Tavares disse...

Lupeu
Só não me peça pra dizer que gostei do poema (qualquer poema). Mas desse seu, gostei.

Lupeu Lacerda disse...

grande mauricio! que bom que você tenha gostado. me sinto feliz e honrado que tenha acertado no tempero desse "sanduíche de realidade". que o ano começe proveitoso, um grande e fraternal abraço.
hasta la vista