TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

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A tragédia que forja
um mortal em semideus

é festiva aos primeiros frutos
ainda secos dentro da árvore.

Meus dias turvos
um dia somem da vidraça.

(nesse dia que o vento
também leve a casa)

Encanto talvez coragem
do puro verme

que não perde a esperança
tampouco ousa chorar de raiva
cego.

Desabem então sobre meus ombros
tragédias e mais infortúnios:

Só isso?
Alegra-se a parte boa.

Piruetas, cambalhotas, rodopios
antes que o caixão desça
sete palmos.

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