De
relevantes serviços prestados à sociedade, o Ministério Público Federal do
Ceará (um verdadeiro “ninho de cobras criadas”, no bom sentido), empossou na
sua presidência, dias atrás, o desassombrado Procurador da República Alessander
Wilcson Sales, sem favor nenhum um técnico competente e que prima pela
seriedade e transparência nos seus atos.
Tanto
é que, anos atrás, em artigo publicado conjuntamente com o também Procurador da
República José Adonis Callou (no jornal O POVO), emitiu o seguinte “juízo de
valor” a respeito do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, sediado em Recife:
“Na
área de jurisdição do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (Recife-PE) é
quase impossível investigar fatos ilícitos praticados por agentes postos em
elevadas esferas políticas e da economia”, porquanto...“por aqui é muito comum
decisões que trancam as próprias investigações”, já que... “quase sempre as
decisões dos Juízes Federais de primeira instância, em atendimento a
solicitações do Ministério Público, visando à defesa de interesses coletivos,
são imediatamente cassadas pelo TRF”.
O
que se comenta é que, como na condição de simples “procurador” não lhe faltou coragem
de referir-se publicamente à “caixa-preta” do Judiciário, o Governador do
Estado do Ceará já estaria preocupado com possíveis intervenções do novo
Procurador Geral da República nos vários escândalos que tramitam na Procuradoria
da República local, envolvendo o erário público.
A
expectativa da sociedade é, pois, que ele “não bata o catolé” e se disponha a
ir fundo na investigação das várias denúncias que envolvem o Governo do Ceará, divulgadas
pela imprensa já há um certo tempo.
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