TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ABSOLUTISMO DITATORIAL - José do Vale Pinheiro Feitosa

Uma das coisas que mais incomodam a quem não é economista é a moeda. Ela é um instrumento de mensuração do esforço material humano. Se bem que se inclua em materiais coisas imateriais como a cultura, as marcas, e outras mais. Ao dar realidade ao valor que as coisas simbolicamente têm, a moeda é o meio para que elas circulem (ou mudem de dono) entre as pessoas. Também é a moeda o sinal para que algo novo se construa ou comece ao que chamam investir, financiar e outras mumunhas mais.

Mas economia mesmo é o trabalho humano. É produção, a distribuição e o seu consumo. E, portanto, é uma sentença a cada um. Ninguém consegue comer de uma vez só toda a comida de um restaurante, usar todos os sapatos de uma sapataria. A vem a estranheza.

Acaba de sair um relatório de uma ONG britânica chamada de Oxfam que revela que o patrimônio das 85 pessoas mais ricas do mundo equivale às posses de metade da população humana. Ou seja 85 pessoas contra 3,5 bilhões de pessoas. E toco a pensar em coisas como democracia.

A famosa frase de Churchill “Tem-se dito que a democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos”, assim fica negada. A democracia como um sistema que reduz a condução do mundo (a economia) a 85 pessoas é um desastre oligárquico.

É uma ditadura de poucos sobre bilhões de seres humanos. Eles tomam decisões como aqueles velhos filmes hollywoodiano que mostravam os clubes privês da oligarquia imperial inglesa: tomando chá, praticando jogos e decidindo a vida de milhões por todos os continentes. Afinal é assim que de fato funciona o mundo na mão de meia dúzia de famílias mais concentradas em abuso e poderes do a famigerada nobreza francesa à vésperas da revolução.


Um fato histórico como esse torna todos os economistas em meros serviçais de decisões ad hoc e ontologicamente erradas sobre o futuro da humanidade.  

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