A rigor, nas duas
últimas partidas (contra Chile e Colômbia), embora com 11 jogadores em campo o
time do Brasil jogou com 10, tal a omissão do jogador Neimar (que, aliás, já
houvera atuado apenas razoavelmente nos três jogos anteriores). É que, segundo
a filosofia reinante no meio futebolístico, mesmo não jogando nada, aquele que
é considerado o “craque” do time não pode ser sacado, na perspectiva de que num
átimo de segundo decida o jogo (ou não é isso que o Messi vem fazendo na
Argentina, na atual Copa ???). Assim, centralizando todas as manobras do time
em um só jogador, temos que torcer para que ele não “amarele” (o que aconteceu).
E foi pensando nisso, que
já havíamos aludido, aqui mesmo, que a perigosa “depen(neimar)dência” da nossa
seleção poderia causar-nos preocupações futuras, como agora, quando o jogador,
lesionado, não poderá entrar em campo para a semifinal contra a poderosa
seleção alemã.
Mas, como há males que
vêm pra o bem, paradoxalmente o time do Brasil vai realizar contra a Alemanha
uma de suas melhores partidas (até agora não o fez), classificando-se para a
partida final. E por razões simplórias: a) porque agora o time não atuará em
função apenas e tão somente de um só jogador, em detrimento do conjunto (que, assim,
será privilegiado); b) porque o “espírito de superação” se fará presente, com
todos se doando ao máximo pelo objetivo comum; c) porque temos um técnico com
ascendência sobre os atletas e capaz de motivá-los ao máximo; e d) porque,
mesmo quando no auge da sua forma, os jogadores alemães “tremem” quando têm o
Brasil pela frente. Definitivamente, como dois mais dois são quatro.
Há que se atentar,
entretanto, que existem interesses inconfessos por trás de um evento portentoso
e de cifras milionárias, como o é uma Copa do Mundo de Futebol. Assim, o perigo
é: 1) que o(s) “patrocinador(es)” da seleção (e até o do atleta) exija(m) sua
presença em campo na partida final, mesmo que de muletas, isso, claro, após
passarmos sem ele pelos alemães (exemplo emblemático de tal situação foi a final
da Copa da França, em 1998, quando o Brasil jogou todo o tempo com 10 atletas,
tendo em vista que o tal Ronaldo-Gordo, após um ataque epiléptico momentos
antes do jogo, sem a mínima condição de atuar foi irresponsavelmente escalado
pelo patrocinador, com o aval do comando da CBF. Tanto que o jogador Edmundo,
cujo nome já constava da súmula, foi “deletado”. Deu no que deu: França 3 x 0
Brasil, fácil fácil); 2) assim, por mais esdrúxulo e imoral que possa parecer,
não nos surpreendamos se um outro laudo médico for emitido nos próximos dias
atestando que a lesão não foi tão grave quanto anunciada anteriormente e que,
em razão de se tratar de um atleta jovem, livre de vícios e blábláblá, estará
habilitado a participar da partida final (mesmo que “entupido” de analgésicos e
“empacotado” por diversos coletes ortopédicos); e é aí que mora o perigo. Urge,
pois, não olvidar o passado.
No mais, como a Copa é “NO
BRASIL”, vai ser “DO BRASIL”. Com ou sem choro, ninguém nos tira.
O resto... é perfumaria
barata, de quinta categoria.
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