Hoje, domingo, dia 19 de outubro de 2014, horário de verão e
os ponteiros do relógio sendo ajustados à novidade. Daqui a uma semana o povo
Brasileiro escolherá a Presidenta Dilma ou o candidato Aécio Neves para quatro
anos de mandato, renováveis por mais quatro, em eleições iguais a estas.
Não preciso nem dizer, quem já leu alguma coisa que escrevi
nos últimos dias sabe que votarei em Dilma Roussef. Votarei na expectativa que
o país avance em torno de uma sociedade democrática, onde a base real,
material, moral e ética, é o bem estar comum e a igualdade de condições custe o
que custar em impostos diretos para os mais ricos.
Votarei contra o ódio. Às ideias que desigualdade e a
pobreza é um atributo natural do mundo. Votarei a favor de que o bem estar é a distribuição
das riquezas produzidas pelos trabalhadores segundo as necessidades de cada um.
Votarei a favor de uma série de políticas públicas:
- De um Sistema Único de Saúde nos termos da Constituição
Federal, com atenção básica, acesso à média e alta complexidade seja quem você
for ou onde viver.
- Da Educação Pública, universal, com acesso garantido a todos
os níveis de escolaridade, onde qualquer cidadão, independente de gênero, raça
e situação econômica possa galgar qualquer estágio evolutivo do ensino e da
pesquisa em ciência e tecnologia.
- Da Segurança Pública voltada para a proteção da sociedade,
independente de qual classe social pertença ou em que lugar habite. A Segurança
Pública como sinônimo de um bem público, com controle social, e nunca voltada
para perseguir segmentos específicos da sociedade e nem grupos especiais.
- Da Garantia que o Salário Mínimo seja o suficiente para
comprar a cesta básica e que se combata todo tipo de ódio que pretende deixar
os pobres na subserviência da esmola e da decisão privada dos privilegiados da
economia.
- Da Garantia que toda família, todo cidadão, em situação de
risco social e econômica seja imediatamente assistido pelas políticas públicas,
onde elas vivem e como elas vivam, independentemente de qualquer preconceito religioso,
moral e político.
- Das políticas públicas que redirecione as cidades para que
cada vez mais se reduzam as longas distâncias entre emprego e moradia, como
fator essencial de estímulo à mobilidade urbana e à qualidade de vida.
- Das políticas urbanas que regularizem o solo em benefício do
conjunto, zoneando as áreas segundo suas vocações, não permita o estoque de
áreas para especulação imobiliária, que amplie parques, áreas de lazer e
convívio, proteja o curso e os reservatórios de água, universalize a oferta de
água limpa, a retirada do lixo e o esgotamento sanitário, reduza o transporte
por carros e estimule as bicicletas e o deslocamento a pé.
- Do controle estatal do Petróleo e sua exploração, de acordo
com a luta dos brasileiros por esta via, não deixando jamais de pertencer ao
comércio mundial, mas sem sujeitar-se a qualquer tipo de chantagem para
permitir que jogos das grandes multinacionais subtraiam as riquezas do povo.
- Da inserção internacional independente do país, aprofundando
o MERCOSUL, as instituições dos BRICs, o comércio com África, os Estados Unidos
e a Europa. Isso significa acordo comercial regional (MERCOSUL), coparticipação
em novos organismos (instituições do BRICs), liberdade de negócio
internacional, parceria equilibrada com EUA e União Europeia.
- Da reforma política abrangente, extraída do debate da sociedade,
que explicite melhor a democracia direta e de ofereça força à representação
política especialmente nos municípios, regiões e estados.
- Da democratização dos meios de comunicação, dando maior
relevância às expressões da cultura local e regional, ampliando o acesso aos
instrumentos de mídia por segmentos da sociedade, desfazendo a concentração de
mídias por uma única organização empresarial, estimulando a comunicação através
das novas mídias. Garantindo a liberdade de expressão e regulamentando os
conflitos inerentes a esta liberdade.
- Da ampla liberdade de manifestação e exercício das lutas
sociais, das expressões sociais, políticas e partidárias, das religiões, das
manifestações culturais, das opções sexuais, da liberdade de manifestar o
contraditório.
Por tudo isso voto em Dilma Roussef, porque não acho que
Aécio Neves possa atender a esta agenda política. Mesmo que críticas tenha aos
governos do PT nos últimos anos, a melhor opção, agora e neste próximo domingo,
ainda continua sendo Dilma, não por ela mesma ou porque o PT, mas por ser a
porta onde em paz e com firmeza podemos avançar numa agenda tão complexa e tão
necessária.
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