TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sexta-feira, 15 de maio de 2015




Um em Laranjeiras, outro na Lapa e o terceiro no Engenho de Dentro. Três cariocas de origens sociais diferentes. Nasceram em anos próximos e viveram o mundo desta civilização como ela é: necessária e ilusória.

E por primazia a necessidade se põe à frente das ilusões que reconhecemos vãs. Porém quando se procura as coisas primeiras que são as essenciais, imprescindíveis, indispensáveis ao final e ao cabo há um vazio preenchido pela ilusão.

E ficamos em frente a écrans luminosos estimulados por quimeras e devaneios. Uma maçã envenenada de doses sub-letais que me faz matar por um mero objeto e me faz morrer pelo correr para pegar o bólido da fugacidade.


Por isso o amor, mesmo reconhecido como uma grande ilusão me faz querer a ilusão. Afinal Custódio Mesquita e Mário Lago, bem posicionados socialmente, deram à voz de Orlando silva esta frase magistral: “Eu não quero e não peço, para o meu coração, nada além de uma linda ilusão”.  

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