O Poder Legislativo brasileiro, todos sabemos (e salvo as exceções
de praxe), é composto de mafiosos que fizeram do exercício do mandato político uma
maneira fácil de se estabelecer da vida (e em bem pouco tempo).
O modus operandi é por demais franciscano: valendo-se do fato
de que o “regime presidencialista” literalmente obriga o chefe do poder executivo
(o Presidente da República e de Assembleias Legislativas) a com eles negociar (sob
pena de não conseguir aprovar qualquer projeto), seus integrantes conseguem
manter o Executivo refém das suas trapaças e falcatruas através da formação de
grandes bancadas com interesses nem sempre convergentes (bancada da bola, da
bala, dos evangélicos, dos banqueiros e por aí vai), daí a “propinagem” em larga
escala.
Restava-nos a esperança de contar com a altivez,
clarividência e seriedade do Poder Judiciário, na perspectiva que fizesse
cumprir os ditames constitucionais pré-estabelecidos.
E aí – quanta ironia – descobrimos que o Poder Judiciário é o
mais corrupto dos poderes da república, em seus mais diversos níveis
(municipal, estadual e federal).
Aqui em Fortaleza, por exemplo, descobriu-se que em plantões
de final de semana Desembargadores recebiam a “irrisória” quantia de R$
150.000,00 pela concessão de um simples habeas corpus para soltar bandidos de
alta periculosidade. Já em Brasília, a recorrente procura pelos serviços do Ministro
Gilmar Mendes (e só ele), por parte da turma que tem “bala na agulha”/muita
grana (o banqueiro Daniel Dantas, o médico tarado de São Paulo, o tal Barata,
dono de frotas e frotas de ônibus e mais outros) nos põe em alerta se algum “agrado” lhe é
destinado.
Já no tocante à nossa Corte Maior, se constituída por
magistrados sérios e cônscios das suas responsabilidades, a essa altura o juiz
curitibano de primeiro piso, Sérgio Moro, estaria atrás das grades (basta atentar
que, no documento “10 medidas contra a corrupção”, patrocinada por ele e seus
procuradores, sugere-se que o habeas corpus seja extinto, que se aceite o
testemunho sobre tortura, que se valide a prova ilegal “obtida de boa fé” e
outras excrescências, claramente afrontosas à Constituição Federal).
Registre-se, ainda, que na sua “perseguição implacável” ao
maior Presidente da República que esse país já teve, Lula da Silva, o juiz Moro
passou por cima da própria Constituição Federal (e em diversas oportunidades),
a fim de viabilizar sua prisão, visando eliminá-lo da disputa para a
Presidência da República, onde é franco e inquestionável favorito.
Portanto, credite-se às “excelências togadas” do nosso hoje
desacreditado Supremo Tribunal Federal, a situação caótica em que se acha
mergulhado o Brasil nos dias atuais, em razão de terem chancelado in totum os
flagrantes e recorrentes abusos do juiz Moro e demais componentes da República
de Curitiba.
A blindagem foi tão despudorada, que o que vemos é um juiz de
primeiro piso peitar o próprio STF e Desembargadores Federais, pelo simples
fato de não concordar com as ordens dali emanadas. E (quanta soberba) mesmo
estando em gozo de férias e ausente do país, insubordina-se e determina aos
seus subordinados não cumprirem uma decisão judicial proferida por uma
autoridade superior.
Portanto, em sã consciência não podemos deixar de reconhecer que
a esculhambação jurídica hoje vigente no país nada mais é que o reconhecimento,
por parte dos que se preocupam com o futuro do Brasil, da podridão que impera
no Poder Judiciário brasileiro, com seus integrantes atuando impunemente à
margem da lei, com a chancela do Supremo Tribunal Federal.
Portanto, a detenção de Sérgio Moro teria o condão de propiciar
o ressurgimento da esperança na Justiça, por parte do cidadão.
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