O
uruguaio Ladislao Mazurkiewicz Iglesias (1945/2013), sem favor nenhum
um dos grandes goleiros do mundo (pegava “até pensamento”)
merece a homenagem que o “pai-torcedor” do Atlético Mineiro
(onde jogou entre 1972/74) lhe prestou, ao batizar o filho com o seu
nome.
Só
que a homenagem saiu um tanto quanto “truncada” (para não dizer
“atrapalhada”), já que Mazurkiewicz transformou-se não mais que
de repente em Mazuquiebe, graças ao lapso do anotador cartorário de
plantão. Isso, no entanto, não deslustra ou invalida a intenção
original. O ídolo foi reverenciado, sim.
Lamentável
é que a televisão brasileira e a imprensa tupiniquim, ao noticiar a
sua morte, não tenham mostrado ou se referido às suas portentosas
defesas ou aos verdadeiros milagres operados por Mazurkiewick embaixo
das traves, mas, sim, haja priorizado o vídeo e feito comentários
sobre duas “presumíveis” falhas cometidas pelo próprio, mas
que, na realidade, se concretizaram muito mais em razão da
genialidade de Pelé, então no auge da sua forma, do que
propriamente por erro do grande goleiro: o “drible da vaca” que
quase resultou em gol e o “tiro de meta” cobrado pelo goleiro e
seguido da imediata “devolução” da bola, por Pelé, do meio do
campo em direção ao gol. Momentos antológicos do futebol.
Mas,
retomando o fio da meada, uma outra homenagem que merece ser citada
teve como personagem o jogador Fábio Júnior (à época defendendo o
América Mineiro) e foi revelada pelo próprio, de forma quase que
acidental.
É
que, ao término de mais uma partida pelo Campeonato Brasileiro, o
repórter abordou-o para a tradicional entrevista sobre o resultado
do jogo, como era jogar debaixo de uma chuva tão intensa, o gol que
fizera e coisa e tal e, ao final, respeitosamente resolveu mandar
“...um abraço para o seu Fábio”.
E
aí se deu o diálogo surpreendente:
Jogador:
Quem é “seu Fábio” ???”.
E
o repórter, surpreso: “Ué, seu pai, você não é o Fábio Júnior
???”.
O
jogador, assustado, retomando a palavra: “Tá de brincadeira, ó
cara, o nome do meu pai é Bastião”.
O
repórter, abismado; “Como, o seu nome não é Fábio Júnior ???
E,
aí, veio o esclarecimento definitivo: “Não, cara, é que minha
mãe era fã de carteirinha do cantor Fábio Júnior e resolveu
homenagear ele me dando o mesmo nome”.
O
repórter, mais tranquilo, não perdeu a pose: “Bem, então dê o
meu abraço em seu Bastião, ok” ???
Jogador,
rindo: Ok.
A
curiosidade é que nenhum dos “filhos-Fábios” (o original e o
genérico) é filho de nenhum “pai-Fábio” a fim de ter no
sobrenome o “Júnior” : enquanto o que “poderia” ter sido o
pai (o cantor/ator) se chama Fábio Correa Ayrosa Galvão (nascido em
São Paulo em 21.11.1953 e é filho de William), o que “quase”
foi seu filho (o jogador), assina Fábio Júnior Pereira (nascido em
Minas Gerais em 20.11.1977 e é filho de Sebastião da Silva
Pereira).
Ainda
hoje continuam a exercer competentemente as respectivas profissões,
apesar, evidentemente, da acentuada diferença de idades: nasceram no
mesmo mês (11), quase no mesmo dia (20/21), mas, o ano (quanta
diferença): 1953 e 1977.
Pensando
bem, bem que um poderia ser pai do outro, né não ???
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