ALFIM...TÁ CHEGANDO A HORA - José Nílton
Mariano Saraiva
Verdade ou não, fato é que,
pela crendice popular já se tornou famoso e repetitivo aquele velho adágio de
que todo começo de ano o brasileiro só começa realmente a trabalhar após as
festas do momo (carnaval), chova ou faça sol.
É pois, chegado o momento propício
do Supremo Tribunal Federal fazer (ou materializar) aquilo que a maioria da
população brasileira sonha e almeja, já com uma certa dose de impaciência:
mandar Jair Bolsonaro e seus generais(zinhos) de estimação para umas merecidas e
prolongadas férias, na cadeia (se possível de segurança máxima), a fim de
pagarem pela gravíssima tentativa de golpe contra o Estado Democrático de
Direito (antes e após a eleição presidencial de 2022).
Afinal, após a delação
premiada do ex braço direito do Bolsonaro, tenente coronel Mauro Cid, e a
consequente detenção do seu celular, já há provas e evidências, aos montões, de
que se tramou, em pleno palácio presidencial: 01) num primeiro momento, barrar
a realização do pleito, dali a três meses, ante a perspectiva concreta de
derrota iminente; e, 02) após o pleito, consumada a derrota, impedir a posse de
Lula da Silva, de qualquer maneira.
Nas cristalinas imagens e vídeos
agora de domínio público, há documentos, manifestos, mensagens, troca de e-mail
e, principalmente, registro da reunião onde Bolsonaro pôs à mesa, aos berros e
pornograficamente, sob o silêncio sepulcral dos cordeirinhos presentes, sua
intenção de impedir a realização da eleição, no que foi ajudado pelo
general-anão-puxa-saco, Augusto Heleno, que sugeriu “virar a mesa” antes que
fosse tarde demais (outros generais, covardes e silentes, também estavam
presentes).
Constatou-se, inclusive, um
documento, revisado minuciosamente pelo próprio Bolsonaro (esperando ser operacionalizado),
onde se estabelecia a imediata decretação do “Estado de Sítio” no Brasil, antes
da eleição presidencial, com a prisão dos ministros do STF Alexandre de Moraes
e Gilmar Mendes, bem como do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco.
Fato é que, nos dias
seguintes, tivemos a tentativa de explosão de um caminhão-tanque de combustível
no aeroporto de Brasília, o bloqueio nas estradas visando impedir que eleitores
do PT chegassem às urnas no dia da eleição, a invasão de uma delegacia no dia
da diplomação de Lula da Silva e, alfim, com a derrota consumada, a selvageria
e insensatez que o mundo todo assistiu perplexo e atônito, quando literalmente os
integrantes do rebanho bovino bolsonarista botou abaixo as sedes dos três
poderes da república – Executivo, Legislativo e Judiciário.
A tudo isso, o chefe da
gangue, Bolsonaro, assistia em estado orgástico, lá dos Estados Unidos, pra
onde houvera covardemente fugido dias antes, numa tentativa canhestra de fugir
da responsabilidade, não fora ele o principal mentor e arquiteto de tudo (sabe-se
agora que, precavido e mal intencionado, transferiu nada menos que oitocentos –
800 - mil reais para uma conta bancária, em seu nome, lá nos states).
No entanto, como nenhuma
medida efetiva foi tomada visando penalizá-lo, após três meses eis que temos
seu retorno ao Brasil, onde, desde então, continua a conspirar abertamente
contra um governo constitucionalmente eleito (agora, convocou seus lunáticos adeptos
para uma manifestação contra o governo, a ser realizada no próximo dia 25.02.24,
na Avenida Paulista).
Urge, pois, que o Supremo
Tribunal Federal não contemporize, não reflua, não amacie, não titubeie, não tema,
não se amedronte, mas, pelo contrário e sem delongas, determine sua imediata prisão,
para o bem de todos e felicidade geral da nação.
Afinal, lugar de quem não
respeite as leis (Constituição Federal) é na cadeia (seja militar ou não).
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