Imutável
“O que não muda está morto”
Beethoven
Não! Não foi a vida que me tirou o encanto,
Não foram as dores de um parto sombrio
Nem o canto triste de um outono distante
Ou o soluçar buliçoso de um mar bravio
Caos! desperta-me deste sonho aflito
- largo oceano, impávido, marmóreo -
Cinzas frias, outrora um incensório
A inflamar quimeras neste século maldito?
Carnes pútrefas que uma gleba rubra ansia
Já triste, a descer à sepultura inerme,
Herança - imutável coorte de mistério ...
Mordo a rocha, resvalo o véu do tempo
mas no sudário mais precípuo ‘inda ostento
A negra cara atroz de um cemitério!
Dihelson Mendonça, 19-03-2005
“O que não muda está morto”
Beethoven
Não! Não foi a vida que me tirou o encanto,
Não foram as dores de um parto sombrio
Nem o canto triste de um outono distante
Ou o soluçar buliçoso de um mar bravio
Caos! desperta-me deste sonho aflito
- largo oceano, impávido, marmóreo -
Cinzas frias, outrora um incensório
A inflamar quimeras neste século maldito?
Carnes pútrefas que uma gleba rubra ansia
Já triste, a descer à sepultura inerme,
Herança - imutável coorte de mistério ...
Mordo a rocha, resvalo o véu do tempo
mas no sudário mais precípuo ‘inda ostento
A negra cara atroz de um cemitério!
Dihelson Mendonça, 19-03-2005
2 comentários:
Dihelson dos Anjos!
Ahahahahahahaah, que honra seria... rs rs
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