Terça Feira no salão de recepções da Câmara de Vereadores do Rio, na Cinelândia, uma reunião para poucos convidados. Políticos, militantes, membros da OAB e ABI, ouviram e debateram com Maria da Conceição Tavares, Carlos Lessa e Reinaldo Guimarães a atual crise econômica. O ex-deputado Vivaldo Barbosa coordenou o evento e a situação dos próximos anos e deste não é nada tranqüila. Nenhuma prática política se manterá igual pois a crise é tão abrangente que o rumo terá que mudar.
Para todos os debatedores a crise é ampla e tem uma importância histórica de relevância. O capitalismo funciona em crises, ao longo do século XX foram mais de 40 delas, porém entre o final do século XIX e até hoje duas crises foram realmente modificadoras. A primeira entre 1870 e 1890, abalou o império inglês e tornou mais violento, acompanhou-se da queda do padrão ouro inglês e seguramente esteve na raiz da primeira guerra mundial e da revolução russa. A segunda nos anos 30 do século XX, na raiz dos regimes nazo-facistas, a segunda grande guerra e o surgimento da hegemonia americana e da bipolaridade entre esta e a União Soviética. Os debatedores foram concordantes que esta crise é equiparável às duas primeiras, os valores do capital e das empresas capitalistas despencaram, a economia real, aquela que influencia sobre os bens e sobre o emprego também se encontra em crise. Os efeitos sociais da crise serão mais marcantes a partir do próximo ano e em 2010 estaremos em plena recessão.
Todos foram unânimes em acusar o modelo neoliberal com o motor da crise, a base estruturas se encontra na desregulamentação e em práticas lesivas à economia real, especialmente numa bolha de crescimento baseado em derivativos financeiros. Em todo o debate esteve em foco a volúpia com que os líderes brasileiros no Governo Fernando Henrique aderiram ao "cassino" financeiro internacional, contaminando toda cadeia produtiva brasileira e nos deixando em situação efetivamente grave. O governo Lula, em menor ou maior escala, dependendo dos compromissos políticos de cada debatedor, foi posto em linha com a crise pelo que deixou de fazer e especialmente pelo comportamento dos juros, do endividamento externo e pela política cambial frouxa.
A sensação de quem assistiu ao debate é que na raiz do problema temos fortes indícios de que a catástrofe nos atingirá igualmente e em maior escala, pois somos um país economicamente pequeno. Que esta catástrofe guarda relação com aquele discurso ideológico dos anos noventa, do Estado Mínimo, da desregulamentação e o Mercado Soberano. Guarda relação com os Governos Fernando Henrique e Lula que afinal não souberam defender um projeto nacional e ficaram a reboque de três grandes áreas da economia brasileira: agronegócio, bancos e produtores de commodities minerais.
A principal marca do debate é que não apareceu, até agora, nenhuma medida prática que proteja o emprego, que sustente a poupança popular e salvaguarde o pequeno patrimônio das famílias. O governo tem atendido aos interesses das três áreas citadas e não adotou medidas regulatórias que dê rumos pois o atual estado das coisas não se sustentará. Finalmente o debate apontou para a necessidade que a sociedade se mobilize, que os partidos políticos definam um programa mínimo de consenso para proteger a nação e o povo brasileiro. A verdade é que a crise é profunda e ameaça até mesmo o patrimônio da nação como a Amazônia e o petróleo do Pré-Sal.
Para todos os debatedores a crise é ampla e tem uma importância histórica de relevância. O capitalismo funciona em crises, ao longo do século XX foram mais de 40 delas, porém entre o final do século XIX e até hoje duas crises foram realmente modificadoras. A primeira entre 1870 e 1890, abalou o império inglês e tornou mais violento, acompanhou-se da queda do padrão ouro inglês e seguramente esteve na raiz da primeira guerra mundial e da revolução russa. A segunda nos anos 30 do século XX, na raiz dos regimes nazo-facistas, a segunda grande guerra e o surgimento da hegemonia americana e da bipolaridade entre esta e a União Soviética. Os debatedores foram concordantes que esta crise é equiparável às duas primeiras, os valores do capital e das empresas capitalistas despencaram, a economia real, aquela que influencia sobre os bens e sobre o emprego também se encontra em crise. Os efeitos sociais da crise serão mais marcantes a partir do próximo ano e em 2010 estaremos em plena recessão.
Todos foram unânimes em acusar o modelo neoliberal com o motor da crise, a base estruturas se encontra na desregulamentação e em práticas lesivas à economia real, especialmente numa bolha de crescimento baseado em derivativos financeiros. Em todo o debate esteve em foco a volúpia com que os líderes brasileiros no Governo Fernando Henrique aderiram ao "cassino" financeiro internacional, contaminando toda cadeia produtiva brasileira e nos deixando em situação efetivamente grave. O governo Lula, em menor ou maior escala, dependendo dos compromissos políticos de cada debatedor, foi posto em linha com a crise pelo que deixou de fazer e especialmente pelo comportamento dos juros, do endividamento externo e pela política cambial frouxa.
A sensação de quem assistiu ao debate é que na raiz do problema temos fortes indícios de que a catástrofe nos atingirá igualmente e em maior escala, pois somos um país economicamente pequeno. Que esta catástrofe guarda relação com aquele discurso ideológico dos anos noventa, do Estado Mínimo, da desregulamentação e o Mercado Soberano. Guarda relação com os Governos Fernando Henrique e Lula que afinal não souberam defender um projeto nacional e ficaram a reboque de três grandes áreas da economia brasileira: agronegócio, bancos e produtores de commodities minerais.
A principal marca do debate é que não apareceu, até agora, nenhuma medida prática que proteja o emprego, que sustente a poupança popular e salvaguarde o pequeno patrimônio das famílias. O governo tem atendido aos interesses das três áreas citadas e não adotou medidas regulatórias que dê rumos pois o atual estado das coisas não se sustentará. Finalmente o debate apontou para a necessidade que a sociedade se mobilize, que os partidos políticos definam um programa mínimo de consenso para proteger a nação e o povo brasileiro. A verdade é que a crise é profunda e ameaça até mesmo o patrimônio da nação como a Amazônia e o petróleo do Pré-Sal.
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